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sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Família Azevedo: de Portugal para o Jardim Seridó

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Entre os anos de 1700 a 1750, o português Antônio de Azevedo Maia, que tinha ascendência de Dom Miguel de Azevedo, pertencente à linha do Esquivo em Portugal, e era filho de José Antônio de Azevedo Maia e Isabel Alves Maia, ambos permaneceram em sua terra natal. Antônio decidiu imigrar para o Brasil com outros membros da família, estabelecendo-se na Paraíba. Essa mudança foi incentivada por seu tio, capitão Pedro da Costa Azevedo, que já em 1710 estava registrando terras nos sertões da Paraíba. Antônio nasceu em Portugal no ano de 1706 e em 1730 contraiu matrimônio na Paraíba com Josefa Maria Valcácer de Almeida Azevedo, filha do capitão Paulo Gonçalves de Almeida e de MariaValcácer de Almeida, sob a influência de seu tio mencionado anteriormente.

Movido pelo espírito dos antigos heróis, ele foi um dos que viajaram ao Rio Grande do Norte, cruzando a serra da Borborema, para se estabelecer na região do Seridó, onde fundou uma plantação e construiu uma família numerosa. Antônio faleceu em Caicó, antiga vila do Príncipe, no dia 28 de novembro de 1796, aos noventa anos. Essa informação é relatada pelo historiador e genealogista Sebastião de Azevedo Bastos, do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, nas páginas 15 e 16 de sua obra "No Roteiro dos Azevedo e Outras Famílias do Nordeste".

Antônio de Azevedo Maia, o segundo portador desse nome e filho do original Antônio de Azevedo Maia, também português, casou-se com Micaela Dantas Pereira, filha de Caetano Dantas Correia, que foi o fundador de Carnaúba dos Dantas, e de Josefa de Araújo Pereira. Ele adquiriu, através da compra ao sargento-mor Alexandre Nunes Maltez, a fazenda chamada “Conceição”, da qual doou seiscentas braças de terra para a formação do patrimônio de Nossa Senhora da Conceição, levando, assim, à fundação da vila de Conceição do Azevedo, que atualmente é a cidade de Jardim do Seridó, neste Estado.

É incorretamente registrado no livro de Tombo da Paróquia de Acari que a escritura referente à doação do patrimônio mencionado foi redigida na vila de Iguaçu, no Estado de Pernambuco, em 1790.

No entanto, isso representa um erro significativo, pois a escritura que foi elaborada naquela vila pernambucana correspondia à compra da fazenda “Conceição”, realizada pelo sargento-mor Alexandre Nunes Maltez, que a vendeu a Antônio de Azevedo Maia. A escritura da doação, em questão, foi feita na própria fazenda “Conceição”, local onde residiam os doadores, pelo tabelião Antônio Vaz Ferreira. Na mesma fazenda, o patriarca Antônio de Azevedo Maia formou uma grande família e viveu até sua morte em 1 de maio de 1822, aos oitenta anos, com a assistência do padre Manoel Teixeira da Fonseca.

Assim, com a fundação da vila e a criação do patrimônio da freguesia, Antônio de Azevedo Maia solicitou autorização eclesiástica para construir a capela correspondente, e essa permissão foi concedida por despacho do Bispo de Olinda em 20 de maio de 1790, conforme informações do padre Francisco de Brito Guerra, vigário do Seridó, na vila do Príncipe, atual cidade de Caicó.

Após a conclusão da capela, no dia 12 de novembro de 1808, Antônio de Azevedo Maia requereu, para ele e sua família, o direito de sepultamento na igreja que acabara de ser construída, o que foi autorizado em despacho de 14 de março de 1809, pelo mencionado Bispo de Olinda, Dom José Joaquim da Cunha Azevedo.

Antônio de Azevedo Maia, que é o segundo com esse nome, casou-se com Micaela Dantas Pereira, filha de Caetano Dantas Correia e Josefa de Araújo Pereira. Entre os anos de 1760 e 1770, ele estabeleceu uma fazenda de criação em terrenos adquiridos do sargento-mor Alexandre Nunes Maltez, localizada na área onde os rios Cobra e Seridó se encontram, sendo um deles a leste e o outro a oeste, onde as águas de um se juntam ao outro.

Nesse local, formou sua família e teve muitos filhos, que se ligaram à grande família dos Dantas Correia e Araújo Pereira, habitantes das zonas ribeirinhas do Seridó. A propriedade, conhecida como "Conceição", tornou-se o núcleo da comunidade que viria a ser Conceição de Azevedo, ligando-se à vila de Jardim e à cidade de Jardim do Seridó.

Em 2 de maio de 1790, Antônio de Azevedo Maia e sua esposa solicitaram autorização para construir uma capela em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, nas terras que doaram para seu patrimônio. O povoado que se formou a partir disso recebeu uma escola primária, estabelecida por uma lei de 1856, voltada inicialmente para meninos, e, posteriormente, por outra lei de 4 de dezembro de 1871, para meninas. A lei provincial de 4 de setembro de 1855 criou a freguesia de Nossa Senhora da Conceição, o que representou um marco significativo para a localidade.

Logo a comunidade prosperou e começou a merecer a atenção do governo provincial, que, por meio da lei nº 407 de 1º de setembro de 1956, a transformou em vila com o nome de Jardim, a sede do município com o mesmo nome, sendo oficialmente inaugurada em 4 de julho de 1859, quando a Câmara Municipal funcionou pela primeira vez sob a presidência do major José Barbosa Cordeiro. Segundo a tradição, o nome Conceição do Azevedo foi alterado para vila do Jardim, inspirado pelo belo jardim cultivado pelo capitão Miguel Rodrigues Viana, um renomado artista de sua época, que deixou descendência ilustre e numerosa, a qual, seguindo os passos artísticos do pai, buscou caminhos mais avançados.

A lei provincial n. 33, de 4 de setembro de 1856, elevou a capela da Conceição do Azevedo ao status de igreja matriz e a localidade à categoria de freguesia, levando logo a pensar na construção de um templo maior, que serviria como sede da nova paróquia. A pequena capela da Conceição do Azevedo gradualmente deu origem à grande e atual matriz, cuja construção começou no formato atual no ano de 1860. O padre Francisco Justino Pereira de Brito foi o principal responsável por essa realização, tendo iniciado a obra naquele ano e avançado até os corredores laterais.

A igreja do Sagrado Coração de Jesus foi erguida entre 1888 e 1892 no "Alto da Boa Vista", utilizando recursos da população, eficientemente geridos e apoiados pelo coronel José Tomaz de Aquino Pereira.



Texto de Eugênio Pacelly Alves



Referências bibliográficas:

Você faz parte da família Azevedo? Disponível em: >(Você faz parte da família Azevedo? (bento genealogista))<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

Subsídios para a história de Jardim do Seridó. Disponível em: >(Subsídios para a história de Jardim do Seridó)<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

Povoamento do Nordeste.  Disponível em: >(Povoamento do Nordeste (José Augusto))<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

Antigas famílias do Rio Grande do Norte. Disponível em: >(Antigas famílias do Rio Grande do Norte – Ribeiro (Mipibu) / Azevedo Maia, Dantas Correia, Medeiros (Seridó))<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

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