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sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Alguns ascendentes da família Siqueira da Serra da Ibiapaba

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Com a finalidade de apresentar alguns ascendentes desta pauta, trouxemos Maria José de Siqueira, filha dos brasileiros Francisco Machado de Siqueira e Florinda Alves de Siqueira, nasceu aproximadamente em 1876 e se casou com Antônio José Vieira, ele sendo filho de José Antônio Vieira e Cândida Hermelinda de Siqueira. Desse matrimônio tiveram 10 filhos. São eles:

1. Francisca Vieira de Siqueira, nascida aproximadamente em 1889 e se casou com Antônio de Lisboa Tavares.

2. Francisco das Chagas Vieira, nascido aproximadamente em 1890.

3. José Vieira de Siqueira, nascido aproximadamente em 1891.

4. Modesto Vieira, nascido aproximadamente em 1894.

5. Francisca Vieira Siqueira, nascida aproximadamente em 1895 e se casou com João Calixto de Siqueira, ele sendo filho de João Calixto de Siqueira e Maria José de Siqueira. Desse matrimônio tiveram 02 filhos.

6. Francisca Vieira, nascida aproximadamente em 1896 e se casou com Perilo Elpídio dos Santos.

7. Francisco José Vieira, nascido aproximadamente em 1898 e se casou com Luíza Amélia Marques Vianna, ela sendo filha de João Marques Viana e Philomena Machado de Siqueira. Desse matrimônio tiveram 01 filho.

8. Francisco Siqueira Vieira, nascido aproximadamente em 1900 e se casou com Violeta Cunha Cavalcanti.

9. Maria Vieira de Araújo, nascida aproximadamente em 1903.

10. Francisca Siqueira Vieira, nascida aproximadamente em 1905 e se casou com Antônio Carneiro Passos, ele sendo filho de José Carneiro Passos e Nelsa Carneiro Mapurunga.

No passado, a área da Serra da Ibiapaba incluía as terras que atualmente abrangem os municípios de Viçosa do Ceará, Tianguá, Ubajara, Ipu, São Benedito, Ibiapina, Carnaubal, Croatá e Guaraciaba do Norte, todos localizados no estado do Ceará.


Viçosa do Ceará

Viçosa do Ceará é o primeiro município estabelecido na Serra da Ibiapaba, que antes era ocupada pelos índios Tabajaras, que fazem parte da etnia Tupi, assim como os Anacé, Arariú e Croatá, que pertencem ao grupo Tapuia.

Em 1700, os padres jesuítas, Manuel Pedroso e Ascenso Gago, oficializaram a criação da "Aldeia da Ibiapaba", local onde se encontra atualmente Viçosa do Ceará.

Um evento significativo na história de Viçosa do Ceará foi a edificação da Igreja de Nossa Senhora da Assunção. Há relatos de que há túneis subterrâneos que se encontram sob a Igreja, conectando diferentes casas antigas da cidade. Os jesuítas utilizavam esses túneis para se proteger de ataques indígenas. De acordo com o padre Ascenso Gago, a construção da igreja teve início em 1695. Assim, o dia 15 de agosto de 1700 é considerado como a data de fundação oficial da aldeia da Ibiapaba, que mais tarde se tornaria a cidade de Viçosa do Ceará. O padre Ascenso Gago, no papel de Superior da Aldeia da Ibiapaba, liderou toda a criação da futura vila, sendo um importante missionário da Ibiapaba.


Tianguá

O município contemporâneo de Tianguá fez parte da área da Villa Viçosa Real da América, que era anteriormente uma aldeia tabajara sob a liderança do morubixaba Irapuã, também conhecido como Mel Redondo. 

Em 1590, exploradores franceses oriundos do Maranhão, sob o comando de Adolf Montbille, foram responsáveis pela fundação da Feitoria da Ibiapaba. Entre 1603 e 1604, o açoriano Pero Coelho de Sousa e Martim Soares Moreno, com o apoio do Governador Diogo Botelho, expulsaram os franceses da região Ibiapaba, permitindo em 1607 que os missionários da Companhia de Jesus, Francisco Pinto e Luís Figueira, realizassem a catequese dos nativos pertencentes à grande nação Tabajara. Os padres Francisco Pinto e Luís Figueira presenciaram a passagem do Cometa Halley pelos céus da Ibiapaba em 1607, um evento registrado no documento intitulado "Relação do Maranhão", que foi enviado ao superior da missão, padre Claudio Aquaviva, em São Luís do Maranhão. Este evento marcou o primeiro registro da passagem do Cometa Halley em solo do Novo Mundo. 

Em 1655, com o intuito de se opor à recente República de Cambressive, que havia sido estabelecida na Serra Grande por Antônio Paraupaba, chefe de aproximadamente quatro mil indígenas protestantes remanescentes da antiga colônia Nova Holanda, os quais foram desalojados após a assinatura do Tratado de Taborda entre os portugueses e a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, foi criada a Missão Jesuítica da Ibiapaba pelo padre Antônio Vieira. Essa missão esteve sob a liderança dos missionários Antônio Ribeiro e Pedro Pedroso, com sede na aldeia que era conhecida como Mel-Redondo, atualmente a cidade de Viçosa do Ceará, da qual Tianguá fazia parte. O próprio padre Antônio Vieira visitou a Ibiapaba em 1660, dada a sua relevância para a Companhia de Jesus e para a fé católica. As terras que viriam a formar a área urbana de Tianguá foram adquiridas em 1854, conforme a 1ª Lei de Terras do Brasil (Lei nº 601 de 18.09.1850 e regulamentada pelo Decreto Imperial nº 1.318 de 1854), quando o capitão português João Batista Leal, responsável pela fiscalização das terras devolutas junto à câmara municipal de Viçosa do Ceará, registrou o sítio Chapadinha em seu nome. 

Após o falecimento de sua esposa em 1855, essas terras foram divididas entre os herdeiros Joaquim, Bonifácio, Manoel e Francisco Batista Leal. Joaquim e Bonifácio venderam suas partes a Manuel Nogueira da Costa, pai do deputado Luís Januário Lamartine Nogueira, e a Francisco Ferreira Lima, que, junto aos descendentes de João Batista Leal, foram os responsáveis pelo início do povoamento do sítio. 

Os primeiros habitantes do povoado de Barrocão incluíam Manoel Batista Leal, Francisco Batista Leal, Manoel Nogueira da Costa, Francisco Ferreira Lima, Joaquim Frederico Kiappe da Costa Rubim, um herói da Guerra do Paraguai e pai do Almirante Rubim, entre outros. O Coronel Manoel Francisco de Aguiar, pai do Monsenhor Agesilau de Aguiar, estabeleceu-se em Tianguá apenas em 1878, fugindo da severa seca que atingiu o Ceará naquele período entre 1877 e 1879.


Ubajara

O território de Ubajara foi originalmente ocupado pelos índios tabajaras. A primeira incursão portuguesa ocorreu aproximadamente em 1604, realizada por Pero Coelho de Souza, que liderou uma expedição para afastar os franceses que estavam se abrigando entre os nativos da Serra da Ibiapaba.

Entre 1840 e 1860, outras famílias começaram a se instalar na área, atraídas pela riqueza do solo. Quando sofreram com uma severa seca, mudaram-se para o sul de uma lagoa chamada Lagoa de Jacaré, onde formaram uma pequena vila que recebeu o nome de Jacaré, o nome inicial do município. Em 1884, essa localidade foi completamente devastada por um incêndio. Após isso, os moradores reconstruíram suas casas, mantendo a mesma denominação de Jacaré.

Em 1890, um decreto de Luís Antônio Ferraz, que era o governador do Ceará, elevou a localidade à categoria de distrito da paz sob a jurisdição de Ibiapina.

No dia 24 de agosto de 1915, foi sancionada a Lei n°. 1279, que transformou o distrito da paz em município, passando a se chamar Ubajara, em referência à caverna localizada na encosta da montanha, a aproximadamente 5 km da sede.


Ipu

O povoado teve suas origens nas terras concedidas em sesmarias pelo governo português a alguns colonos estabelecidos em Pernambuco. Associada às propriedades da Matriz de São Gonçalo da Serra dos Côcos (atualmente em Ipueiras) e ao local da primeira Vila (Guaraciaba do Norte), a comunidade foi erguida sobre um antigo cemitério indígena. A sua praça principal, conhecida entre os moradores como "Praça da Igrejinha", situa-se nesse "útero inicial" onde a sociedade começou a se formar no século XVII. A área foi alvo de disputas entre padres Jesuítas e colonos; até que, após a expulsão dos jesuítas do Brasil pelo Marquês de Pombal, as terras e os indígenas residentes passaram a ser "cuidada" pelos colonos brancos. Esses indígenas, reduzidos a escravidão (ou semiescravidão), foram integrados àquela sociedade colonial na precária condição de "cabras" ligadas às terras que outrora lhes pertenciam.

Somente em 1840/41, a Vila Nova do Ipu Grande se tornou a sede da Vila. Em 1885, ganhou status de cidade; e em 1894, com a instalação da Estrada de Ferro de Sobral, a cidade começou a se desenvolver e urbanizar de forma gradual. A economia comercial, impulsionada pela ferrovia, permitiu à classe comerciária local acumular riqueza proveniente de atividades laborais e do comércio de algodão. A cidade se expandia, mas isso também trouxe um aumento nos desafios. As elites experimentaram um crescimento significativo, que depois se transformou em uma estagnação econômica devido ao fechamento da ferrovia e do comércio associado a ela. Na década de 1940 do século XX, a cidade entrou em um período de declínio, que culminou com a total desativação da ferrovia nas décadas de 50, 60 e 70 do século passado. Em 1987, o distrito de Pires Ferreira se desvinculou de Ipu, tornando-se um novo município.


São Benedito

Originalmente, era denominado Rio Arabê ou Rio das Baratas, segundo uma versão tupi, em referência a um riacho (Século XVII). Nesse período, apenas os Tapuias eram considerados habitantes, representando um dos principais grupos indígenas.

A partir de 1604, começaram os registros sobre essa região, quando Pero Coelho de Souza, após derrotar os Tabajaras da Ibiapaba, expandiu suas conquistas pela Grande Serra da Ibiapaba, estabelecendo seu quartel-general ali. Ele então dirigiu as suas operações de conquista, convocando os principais líderes indígenas, exigindo deles lealdade ao governo português e capturando duzentos índios, que foram escravizados e enviados algemados para Pernambuco.

Com o fim da exploração violenta, cada Tuxaua retornou para suas residências, permanecendo no Arabê apenas os nativos que estavam associados a eles. Mais de um século depois, em 1759, durante a expulsão dos Jesuítas de Ibiapaba, foi o Índio Jacob que reuniu o grupo sob sua liderança e procurou abrigo no Rio Arabê, onde estabeleceu sua aldeia. Em seguida, grupos dispersos se uniram ao local, levantaram suas habitações e assim o povoado começou a se formar. Evolução Política: O Distrito Policial foi criado inicialmente conforme a Lei Provincial nº 527, de 6 de dezembro de 1850, alterando o nome para São Benedito da Ibiapaba. A primeira escola foi fundada em 20 de outubro de 1854, por meio da Lei nº 685, e por essa via começaram a surgir as figuras que marcariam a fase inicial de desenvolvimento do local. A elevação à categoria de Vila ocorreu através da Lei Provincial nº 1.470, em 18 de novembro de 1872, sendo instalada em 25 de novembro do ano seguinte, simplificando a denominação para São Benedito. Também nesse dia foi criada a Câmara Municipal de São Benedito.

A transformação da Vila em município foi oficializada pela Lei nº 1.850, de 30 de agosto de 1921.

Igreja As primeiras manifestações de apoio da igreja têm como protagonista o Índio Jacob, que tinha devoção a São Benedito e a quem recorria em momentos de necessidade. O templo original, feito de taipa, com o chão batido e coberto por palhadas, contou com a ajuda dos próprios nativos (1759). Quase oitenta anos se passaram. Em 1841, foi construída, em moldes modernos, a primeira casa de orações, com a assistência do pároco de Viçosa do Ceará, padre Filipe Benício. Reformado e ampliado esse modesto local de fé, ganhou novo impulso com a liderança do padre João Crisóstomo de Oliveira Freire, que propôs a construção da Igreja Matriz, cujas obras começaram em 23 de agosto de 1850. A conclusão dos trabalhos e a cerimônia inaugural ocorreram em 21 de dezembro de 1851.


Ibiapina

Antes da chegada dos colonizadores portugueses no século dezessete, o que hoje conhecemos como Ibiapina era habitado por grupos indígenas Tupis (como os Tabajara e Tupinambá) e tapuias (como os cararijus). A região contava com mais de setenta aldeias indígenas, sendo destacáveis os líderes tabajaras Irapuã, conhecido como "Mel Redondo", e seu irmão Jurupariaçu, chamado de "Demônio Grande". É uma das áreas do Ceará onde os indígenas já haviam feito contatos e trocas com os franceses que se estabeleceram em São Luís do Maranhão, antes da chegada dos portugueses.

Os portugueses começaram a chegar em 1603, liderados pela expedição de Pero Coelho de Souza, que tinha como objetivo encontrar uma rota terrestre para expulsar os franceses de Maranhão. Junto com essa expedição, estava o jovem Martim Soares Moreno. Pero Coelho e suas tropas se confrontaram com os nativos, obtendo uma vitória e firmando um tratado de paz. No entanto, ao avançarem em direção ao Piauí, foram derrotados pelos indígenas e pelos franceses.

Em 1607, os missionários Francisco Pinto e Luís Figueira chegaram à área, onde encontraram as aldeias dispersas, em conflito e temerosas em relação aos portugueses. Eles permaneceram na região por quatro meses e, após o assassinato do padre Francisco Pinto, o padre Luís Figueira abandonou o local.

Em 1656, os jesuítas do Maranhão chegaram para realizar trabalhos de catequização na Grande Serra. Nesse período, surgiu o aldeamento que ficou conhecido como Baepina.

Até 1741, a área pertencia à Capitania do Piauí, mas depois passou a ser parte da jurisdição do Ceará. Até os dias atuais, há uma disputa entre os dois estados a respeito das divisões territoriais.



Texto de Eugênio Pacelly Alves

 


Referências bibliográficas:

Série raízes: Vieira, Passos e Siqueira de Viçosa do Ceará. Disponível em: >(https://iconacional.blogspot.com/2009/03/serie-raizes-vieira-passos-e-siqueira.html)<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

Maria José de Siqueira. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/KHRK-GDQ)<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

Prefeitura Municipal de Viçosa do Ceará. Disponível em: >(https://www.vicosa.ce.gov.br/omunicipio.php)<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

Prefeitura de Tianguá. Disponível em: >(https://www.tiangua.ce.gov.br/omunicipio.php)<. Acesso em 27 de janeiro de 2025.

Prefeitura de Ubajara. Disponível em: >(https://www.ubajara.ce.gov.br/omunicipio.php)<. Acesso em 27 de janeiro de 2025.

Prefeitura de Ipu. Disponível em: >(https://www.ipu.ce.gov.br/omunicipio.php)<. Acesso em 28 de janeiro de 2025.

Prefeitura de São Benedito. Disponível em: >(https://saobenedito.ce.gov.br/omunicipio.php)<. Acesso em 28 de janeiro de 2025.

Prefeitura de Ibiapina. Disponível em: >(https://ibiapina.ce.gov.br/omunicipio.php)<. Acesso em 28 de janeiro de 2025.

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