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A
família Linhares oriunda do Vale do Acaraú, localizado no Ceará, tem suas
raízes em Dionísio Alves e seu genro Domingos da Cunha, que nasceram em uma
região portuguesa do Alto Minho, banhada pelo rio Coura, um pequeno afluente
que corre pela margem esquerda do Minho, separando a Galícia do norte
português.
Esta
área, pertencente ao município de Paredes de Coura, fica a oeste da sede
municipal e é composta por duas freguesias adjacentes: Cossourado, sob a
proteção de Santa Maria, e Linhares, sob a proteção de Santa Marinha, ambas
limitando com o município de Valença, que faz fronteira com a Espanha. Dionísio
Alves, natural de Cossourado, e seu genro Domingos da Cunha, que é de Linhares,
estabeleceram-se no Brasil, mais especificamente no sítio Rodrigo Moleiro, nas
proximidades de Natal, no Rio Grande do Norte. Formaram as linhagens Alves
Linhares e Cunha Linhares, que se uniram em uma única família, por meio de vários
casamentos entre membros da mesma prole. Os Alves Linhares têm raízes em
Cossourado, enquanto os Cunha Linhares provêm de Santa Marinha de Linhares,
ambas localidades no município de Paredes de Coura.
Dionísio
Alves Linhares, o primeiro a emigrar para o Brasil, casou-se em Natal com
Rufina Gomes de Sá, e dessa união nasceram dois descendentes: Dionísia Alves
Linhares e Antônio Alves Linhares. Ambos se deslocaram para a Ribeira do
Acaraú, onde Dionísia uniu-se em matrimônio a Domingos da Cunha Linhares no dia 09 de janeiro de 1736, enquanto Antônio, ainda solteiro, casou-se ali com a
viúva Inês Madeira de Vasconcelos.
Todos
os Linhares do Ceará são descendentes desses dois casais. Apesar de Dionísio
Alves e seu genro Domingos da Cunha terem escolhido adotar o sobrenome Linhares
ao chegarem ao Brasil, eles não eram da mesma família, mas sim acrescentaram ao
final de seus nomes a denominação da região portuguesa de onde vinham, como
homenagem a sua terra de origem.
Conforme
mencionam os historiadores Pe. Sadoc de Araújo e Mário Linhares, Dionísio
chegou ao Brasil no começo do século XVII, fixando residência em Natal, no
estado do Rio Grande do Norte, onde contraiu matrimônio com Rufina Gomes de Sá,
filha do Capitão Francisco Gomes e de Maria Gomes de Sá, na igreja matriz de
Nossa Senhora da Apresentação, que atualmente é a Catedral. Ele possuía
propriedades no Rio Grande do Norte, era Cavaleiro da Ordem de Cristo e
Capitão-mor, sendo considerado de respeitável nobreza, como pode ser conferido
no Livro das Miscelâneas da Ouvidoria Geral de Pernambuco.
Ancestralidade e descendentes de Dionísio Álvares Linhares
Pais: portugueses Domingos Alves e Margarida Alves
Filhos: Dionísia Álvares Linhares (1721), Antônio Álvares Linhares (1723), Padre Dionísio da Cunha e Araújo e Augusto Linhares da Cunha
Netos: Padre Manoel da Cunha Linhares (1737), Antônio Gonçalves da Cunha Linhares (1738), Juliana Maria da Cunha Araújo (1739), Padre Domingos da Cunha Linhares (1740), Suzana Maria de Araújo (1743), Maria Soledade da Cunha Linhares (1746), Maria Gomes de Araújo (1751), Josefa Maria de Jesus Linhares (1752), Capitão Inácio Gonçalves da Cunha Linhares (1755), Manoel Francisco de Miranda Henriques (1756), Ana Maria da Trindade Linhares (1762), José Álvares Linhares (1752), Diogo Alves Linhares (1760), Inês Madeira de Vasconcellos Linhares (1763), Francisco Antônio Linhares (1765) e Antônia Maria do Espírito Santos Linhares (1769).
Ancestralidade e descendentes do Capitão-mor Domingos da Cunha Linhares
Pais: espanhol Jacinto Gonzales Meduina e a portuguesa Susana da Cunha e Araújo
Filhos: Padre Manoel da Cunha Linhares (1737), Antônio Gonçalves da Cunha Linhares (1738), Juliana Maria da Cunha Araújo (1739), Padre Domingos da Cunha Linhares (1740), Suzana Maria de Araújo (1743), Maria Soledade da Cunha Linhares (1746), Maria Gomes de Araújo (1751), Josefa Maria de Jesus Linhares (1752), Capitão Inácio Gonçalves da Cunha Linhares (1755), Manoel Francisco de Miranda Henriques (1756) e Ana Maria da Trindade Linhares (1762)
Netos: Miguel Lourenço Gomes (1760), Manuel Lourenço Gomes (1762), Joaquim dos Reis Gomes (1764), Domingos da Cunha Linhares (1765), Rita Tereza da Cunha (1768), Alferes Antônio Rodrigues Lima (1764), Ana Maria da Soledade (1767), Teresa Maria da Soledade (1770), João Rodrigues Lima (1772), Bárbara Maria da Soledade, Pedro Rodrigues Lima (1776), Alexandre (1777), Rita Maria da Soledade (1779), José Rodrigues Lima (1782), Simoa Maria da Soledade (1784), Francisco, Tereza, Antônio Diniz da Penha (1789), José, Manoel, José Gomes da Frota (1772), Caetana Gomes da Frota (1773), Manuel Vitoriano da Frota (1775), Joana Gomes da Frota (1776), Antônia Gomes da Frota (1778), Francisco Gomes da Frota (1779), Antônio Gomes da Frota, Inácio Gomes da Frota, Maria da Conceição Gomes da Frota (1781), Francisca Maria da Conceição Gomes (1783), Francisco Gonçalves Linhares (1811), Maria José de Andrade (1775) e Isabel de Andrade (1777).
Texto de Eugênio Pacelly Alves
Referências bibliográficas:
Genealogia sobralense. Disponível em: >(https://www.genealogiasobralense.com.br/linhares.php)<. Acesso em 28 de outubro de 2024.
Famílias endogâmicas do Vale do Acaraú. Disponível em: >(Famílias Endogâmicas do Vale do Acaraú (Instituto do Ceará))<. Acesso em 28 de outubro de 2024.
Dionísio Álvares Linhares. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/K2MF-N75)<. Acesso em 28 de outubro de 2024.
Rufina Gomes de Sá. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/K2MF-NZM)<. Acesso em 28 de outubro de 2024.
Capitão-mor Domingos da Cunha Linhares. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/KL77-4BH)<. Acesso em 01 de novembro de 2024.
Dionísia Alves Linhares. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/KL77-H5N)<. Acesso em 01 de novembro de 2024.
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