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José Antônio Barreto estava coletando lenha em um
monte quando uma manifestação espiritual apareceu diante dele, quando ainda era
um garoto de apenas oito anos. Esse encontro extraordinário com uma mulher
vestida de azul deu início ao projeto que ele levaria consigo pelo resto de sua
existência: a edificação de um castelo.
A iniciativa de tirar essa grandiosa construção do
papel só se concretizou muitos anos depois, em 1984, logo após Barreto se
aposentar do serviço militar.
Para isso, ele precisou realizar uma longa jornada,
pois, mesmo sabendo como seria cada pormenor da estrutura — uma vez que José
teve, ao longo do tempo, 13 visões com a mulher de azul.
Após passar pelos bairros de Igapó e Quintas, Zé dos
Montes, como passou a ser conhecido, percebeu que a Serra de Tapuia era o lugar
ideal para a construção do castelo.
“Foi tudo ideia dele”, comentaram os parentes de Zé
ao G1. Sem qualquer esboço no papel, a edificação desafiadora para arquitetos e
engenheiros começou a ser construída. O castelo conta com mais de 100 cômodos e
está em andamento há mais de 37 anos — sem previsão de conclusão.
Entretanto, a finalização ficará a cargo de Joseildo
Gomes, filho de Zé, já que seu pai faleceu, aos 88 anos, em julho de 2020.
“O castelo precisa de algumas reparações e de partes
que ainda precisam ser construídas. Ele é tão vasto que nem eu sei exatamente
quantos cômodos existem, mas farei o possível para continuar o legado do meu
pai. Darei meu máximo para que a história dele permaneça viva e para que todos
conheçam quem ele foi e o que deixou”, assegura Gomes.
A visão de Zé dos Montes se transformou em uma
atração turística em Sítio Novo, colocando a área na rota de turistas que
visitam o Rio Grande do Norte. “A intenção do meu pai era construir o castelo
por conta da visão e não torná-lo um local turístico, mas isso acabou
acontecendo naturalmente”.
O castelo atraía a atenção das pessoas e ele começou
a cobrar ingresso, justamente para ver se o fluxo de visitantes diminuía.
Contudo, o oposto ocorreu”, diverte-se Joseildo.
Adotado aos 4 anos, o jovem passou a vida inteira
observando a determinação do pai em realizar seu sonho, algo que é capaz de
inspirar qualquer um. “Ele construiu uma história incrível. Me criou, não
deixou que me faltasse nada. Quando tentavam me menosprezar por ser adotado,
ele defendia. Sempre me senti totalmente acolhido e amado por ele. O afeto que
ele tinha por mim era imensurável”, recorda o herdeiro do castelo.
A construção localiza-se a aproximadamente 100
quilômetros de Natal, na montanha entre os municípios de Sítio Novo e
Tangará.
Sítio Novo:
As propriedades da Fazenda Grossos, que pertenciam ao Capitão Amaro de Barros Lima em 1787, englobavam a serra de Grossos e estavam localizadas à beira do riacho São Pedro, que é um afluente do rio Potengi. Nestas terras, surgiu uma comunidade majoritariamente composta por agricultores, liderados pelo notável incentivador e fundador da vila de Grossos, o senhor Francisco Ferreira Lima, carinhosamente chamado de "Seu Chicó". Com o apoio de Seu Chicó, o nome do povoado foi alterado para Sítio Novo. Em 1913, foi erguida uma capela em reverência a São Francisco de Assis.
Sítio Novo ganhou o status de município por meio da
lei estadual nº 2339, promulgada em 31 de dezembro de 1958, com sua área sendo
desmembrada do município de São Tomé e sendo assim elevado à categoria de município
no estado do Rio Grande do Norte.
Tangará:
No final do século XIX, na área denominada Riacho,
às margens de um afluente do rio Trairi, apareceram os primeiros vestígios de
desenvolvimento impulsionados pela pecuária e pelo cultivo do algodão. A edificação
do Açude Trairi, em uma época em que Tangará era uma vila sob a jurisdição do
município de Santa Cruz, também ajudou na evolução da região.
Em 26 de novembro de 1953, pela Lei nº 931, Tangará
foi promovida à condição de distrito. Depois, em 31 de dezembro de 1958,
através da Lei nº 2.336, o distrito foi desmembrado de Santa Cruz e elevado à
condição de município, com a formação do primeiro governo municipal acontecendo
em 28 de janeiro de 1959.
Texto de Eugênio Pacelly Alves
Referências bibliográficas:
Agora é lei: patrimônio monumental arquitetônico denominado Castelo de Zé dos Montes. Disponível em: >(https://www.sitionovo.rn.leg.br/institucional/noticias/agora-e-lei-patrimonio-monumental-arquitetonico-denominado-castelo-de-ze-dos-montes)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.
Castelo Zé dos Montes . Disponível em: >(https://www.instagram.com/castelozedosmontes.oficial/)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.
Morre Zé dos Montes. Aposentado que construiu Castelo por 36 anos em Sítio Novo no agreste do RN. Disponível em: >(https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2020/07/07/morre-ze-dos-montes-aposentado-que-construiu-castelo-por-36-anos-em-sitio-novo-no-agreste-do-rn.ghtml)<. Acesso em 26 de outubro de 2024.
Prefeitura Municipal de Sítio Novo. Disponível em: >(https://sitionovo.rn.gov.br/omunicipio.php)<. Acesso em 08 de setembro de 2024.
Prefeitura de Tangará. Disponível em: >(https://tangara.rn.gov.br/index.php/o-municipio)<. Acesso em 09 de setembro de 2024.
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