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sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Castelo Zé dos Montes

 


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José Antônio Barreto estava coletando lenha em um monte quando uma manifestação espiritual apareceu diante dele, quando ainda era um garoto de apenas oito anos. Esse encontro extraordinário com uma mulher vestida de azul deu início ao projeto que ele levaria consigo pelo resto de sua existência: a edificação de um castelo. 

A iniciativa de tirar essa grandiosa construção do papel só se concretizou muitos anos depois, em 1984, logo após Barreto se aposentar do serviço militar. 

Para isso, ele precisou realizar uma longa jornada, pois, mesmo sabendo como seria cada pormenor da estrutura — uma vez que José teve, ao longo do tempo, 13 visões com a mulher de azul. 

Após passar pelos bairros de Igapó e Quintas, Zé dos Montes, como passou a ser conhecido, percebeu que a Serra de Tapuia era o lugar ideal para a construção do castelo. 

“Foi tudo ideia dele”, comentaram os parentes de Zé ao G1. Sem qualquer esboço no papel, a edificação desafiadora para arquitetos e engenheiros começou a ser construída. O castelo conta com mais de 100 cômodos e está em andamento há mais de 37 anos — sem previsão de conclusão. 

Entretanto, a finalização ficará a cargo de Joseildo Gomes, filho de Zé, já que seu pai faleceu, aos 88 anos, em julho de 2020. 

“O castelo precisa de algumas reparações e de partes que ainda precisam ser construídas. Ele é tão vasto que nem eu sei exatamente quantos cômodos existem, mas farei o possível para continuar o legado do meu pai. Darei meu máximo para que a história dele permaneça viva e para que todos conheçam quem ele foi e o que deixou”, assegura Gomes. 

A visão de Zé dos Montes se transformou em uma atração turística em Sítio Novo, colocando a área na rota de turistas que visitam o Rio Grande do Norte. “A intenção do meu pai era construir o castelo por conta da visão e não torná-lo um local turístico, mas isso acabou acontecendo naturalmente”. 

O castelo atraía a atenção das pessoas e ele começou a cobrar ingresso, justamente para ver se o fluxo de visitantes diminuía. Contudo, o oposto ocorreu”, diverte-se Joseildo. 

Adotado aos 4 anos, o jovem passou a vida inteira observando a determinação do pai em realizar seu sonho, algo que é capaz de inspirar qualquer um. “Ele construiu uma história incrível. Me criou, não deixou que me faltasse nada. Quando tentavam me menosprezar por ser adotado, ele defendia. Sempre me senti totalmente acolhido e amado por ele. O afeto que ele tinha por mim era imensurável”, recorda o herdeiro do castelo. 

A construção localiza-se a aproximadamente 100 quilômetros de Natal, na montanha entre os municípios de Sítio Novo e Tangará. 

 

Sítio Novo:

As propriedades da Fazenda Grossos, que pertenciam ao Capitão Amaro de Barros Lima em 1787, englobavam a serra de Grossos e estavam localizadas à beira do riacho São Pedro, que é um afluente do rio Potengi. Nestas terras, surgiu uma comunidade majoritariamente composta por agricultores, liderados pelo notável incentivador e fundador da vila de Grossos, o senhor Francisco Ferreira Lima, carinhosamente chamado de "Seu Chicó". Com o apoio de Seu Chicó, o nome do povoado foi alterado para Sítio Novo. Em 1913, foi erguida uma capela em reverência a São Francisco de Assis.

Sítio Novo ganhou o status de município por meio da lei estadual nº 2339, promulgada em 31 de dezembro de 1958, com sua área sendo desmembrada do município de São Tomé e sendo assim elevado à categoria de município no estado do Rio Grande do Norte.

 

Tangará:

No final do século XIX, na área denominada Riacho, às margens de um afluente do rio Trairi, apareceram os primeiros vestígios de desenvolvimento impulsionados pela pecuária e pelo cultivo do algodão. A edificação do Açude Trairi, em uma época em que Tangará era uma vila sob a jurisdição do município de Santa Cruz, também ajudou na evolução da região.

Em 26 de novembro de 1953, pela Lei nº 931, Tangará foi promovida à condição de distrito. Depois, em 31 de dezembro de 1958, através da Lei nº 2.336, o distrito foi desmembrado de Santa Cruz e elevado à condição de município, com a formação do primeiro governo municipal acontecendo em 28 de janeiro de 1959.




Texto de Eugênio Pacelly Alves



Referências bibliográficas:

Agora é lei: patrimônio monumental arquitetônico denominado Castelo de Zé dos Montes. Disponível em: >(https://www.sitionovo.rn.leg.br/institucional/noticias/agora-e-lei-patrimonio-monumental-arquitetonico-denominado-castelo-de-ze-dos-montes)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.

Castelo Zé dos Montes . Disponível em: >(https://www.instagram.com/castelozedosmontes.oficial/)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.

Morre Zé dos Montes. Aposentado que construiu Castelo por 36 anos em Sítio Novo no agreste do RN. Disponível em: >(https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2020/07/07/morre-ze-dos-montes-aposentado-que-construiu-castelo-por-36-anos-em-sitio-novo-no-agreste-do-rn.ghtml)<. Acesso em 26 de outubro de 2024.

Prefeitura Municipal de Sítio Novo. Disponível em: >(https://sitionovo.rn.gov.br/omunicipio.php)<. Acesso em 08 de setembro de 2024.

Prefeitura de Tangará. Disponível em: >(https://tangara.rn.gov.br/index.php/o-municipio)<. Acesso em 09 de setembro de 2024.

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