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Fontenele, como é chamada
em sua grafia mais contemporânea, representa uma família distinta no Brasil,
que se originou em Viçosa do Ceará a partir do primeiro Fontenele, proveniente
de Jean Fontainelles, seu nome original, filho de Jean Pierre Fontainelles e
Suzanne Moullinier, que vieram da cidade de Melun, na França. Melun foi fundada
por volta de 53 a.C. Enfrentou inúmeras destruições devido aos normandos e se
tornou a residência real dos primeiros reis capetianos. Carlos, o Mau, assumiu
o controle da cidade durante 1358-1359. Os ingleses assumiram o poder em 1415,
mas foram expulsos em 1430. Em 1450, Henrique IV resgatou a cidade das garras
dos seguidores da Liga. Atualmente, Melun está localizada na área metropolitana
de Paris, conhecida como Île de France, situada a cerca de 50 quilômetros ao
sul de Paris, perto de Fontainebleau. Fica ao longo do Rio Sena. Hoje, serve
como um importante centro industrial e é considerada o berço do poeta J. Amiot.
Isso pode ser observado no mapa francês.
Ao lado de suas
áreas metropolitanas e imagens da região da Île de France. No início do século XVIII,
relatos surpreendentes se espalharam em Portugal revelando que os contrafortes
das serras da Ibiapaba e dos Cocos, no Ceará, continham ricos depósitos de minerais,
prata e ouro, surgindo na superfície da terra. O local específico para esses
minerais seria Araticum, que agora é um distrito de Ubajara. Essa notícia
despertou uma tremenda ganância e ambição dentro daquela corte pela exploração
e envio de riquezas de volta aos donos do reino. Muitos indivíduos deixaram a
Metrópole e migraram para o Brasil em busca dos imensos tesouros que poderiam
ser potencialmente desenterrados. No entanto, a história real foi bem diferente.
Em contrapartida, o ouro e a prata obtidos de Minas Gerais em quantidades
substanciais permitiram à Corte Portuguesa reconstruir Lisboa após o terremoto
de 1755. Em 15 de outubro de 1742, por meio de uma Carta Régia respondendo a um
pedido feito pelo Padre José da Rocha, uma comissão composta por cinco
engenheiros de minas.
Os trabalhos
estavam prosseguindo de maneira habitual, mas, lamentavelmente, a ambição e a
inveja de várias pessoas atrapalharam o bom desenvolvimento das atividades,
incluindo o Ouvidor Manuel José de Farias, que fez de tudo para que os
engenheiros negassem a presença de minérios. Além disso, ele fez denúncias ao
Rei de Portugal acerca de supostas ações de violência e injustiças. No ano de
1758, uma Ordem Régia datada de 25 de setembro (segunda-feira) ordenou o fim
das pesquisas nas minas do Acaraú e em outras que existissem na Capitania.
A comissão foi
desfeita, sem ter encontrado qualquer resultado positivo. As amostras enviadas
a Lisboa para análise pelo Ouvidor Farias foram avaliadas pelo cientista
Guilherme Dugood, que as classificou como "comuns pedras de enxofre e
cobre", não apresentando viabilidade para exploração, devido ao alto custo
do projeto e ao baixo valor dos minerais.
As escavações
realizadas durante essa exploração são responsáveis pelo aparecimento da
conhecida Gruta do Ubajara, que é um atrativo turístico no Ceará atualmente.
Após a dissolução da Comissão, seus integrantes se dispersaram. No entanto,
Jean Fontainelles decidiu ficar e optou por se estabelecer no Sítio Pitinga,
conhecido como Aldeia dos Jesuítas ou Aldeia da Ibiapaba, que foi elevada à
categoria de Vila Viçosa Real da América em 07 de julho de 1759. Ele comprou
várias parcelas de terra, especialmente na área chamada "Careta",
cuja aquisição custou uma quantia significativa de quinze mil réis. Prosseguiu,
por conta própria, com suas investigações para descobrir minérios e também se
dedicou à atividade de ourives e criação de gado. Ali realizou o Rebentão (uma
fonte de água no Careta), nas proximidades da qual foram encontradas pequenas
jazidas de pouco valor.
Não há registros
sobre a data de nascimento de Jean Fontainelles. Ele completou seus estudos
iniciais na sua cidade natal, Melun, na França. Depois, foi para a antiga
Milícia como Soldado e, devido ao seu desempenho, foi promovido a Tenente e
posteriormente a Capitão. Após essa fase, foi para Portugal, onde ingressou na
Escola de Engenharia de Minas. Como Engenheiro de Minas, fez parte do grupo que
viajou ao Ceará para a exploração de minérios.
Em 7 de janeiro de 1754, em Sobral, na presença do Padre Antônio Tomás Serra, Jean Fontainelles casou-se pela primeira vez com Ana Correia da Luz, filha de André Álvares Pereira e Vicência Dias. Desse matrimônio tiveram 02 filhas São elas:
01. Ângela Maria
Fontenele, que se casou com Domingos João de Almeida Mascarenhas;
02. Vitória, que
faleceu aos 2 anos.
Em 1766, na cidade
de Viçosa, Jean Fontainelles contraiu seu segundo casamento com Umbelina Maria
de Jesus, natural de Acaraú (Ceará), filha do português Manuel Gonçalves de
Brito, natural da Ilha da Madeira, do Bispado de Angra do Heroísmo (Portugal),
e de Rosa Maria de Jesus, que era originária de Santo Antônio de Jacobina
(Bahia). Desse matrimônio tiveram 10 filhos. São eles:
03. Felipe Benício
Fontenele, nascido em 23/08/1767, casou-se com Teresa de Jesus do Espírito
Santo; foi casado com Inocência de Sousa Castro; e com Maria dos Anjos Portela.
04. Rosa Maria
Fontenele
05. Guilherme José
Fontenele, casado com Ana Joaquina do Rosário
06. Agápita
Fontenele, casada com Manuel Simões Moreira Júnior
07. Jacinta Maria
Fontenele
08. Paulo
Fontenele, casado com Rosa Maria do Espírito Santo
09. João Damasceno
Fontenele
10. Plácido Benício
Fontenele, casado com Maria Antônia dos Santos
11. Ludovica
Fontenele
12. Amaro José
Fontenele
Texto de Eugênio Pacelly Alves
Referências bibliográficas:
Os Fontenele: A marcha do tempo. Disponível em: >(https://acarauprarecordar.blogspot.com/2013/02/os-fontenele-marcha-do-tempo.html)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.
Origem dos Fontenele . Disponível em: >(https://vaninemagalhaes.blogspot.com/2013/10/origem-dos-fontenele.html)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.
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