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sábado, 27 de setembro de 2025

Família Fontenele da Serra da Ibiapaba

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Fontenele, como é chamada em sua grafia mais contemporânea, representa uma família distinta no Brasil, que se originou em Viçosa do Ceará a partir do primeiro Fontenele, proveniente de Jean Fontainelles, seu nome original, filho de Jean Pierre Fontainelles e Suzanne Moullinier, que vieram da cidade de Melun, na França. Melun foi fundada por volta de 53 a.C. Enfrentou inúmeras destruições devido aos normandos e se tornou a residência real dos primeiros reis capetianos. Carlos, o Mau, assumiu o controle da cidade durante 1358-1359. Os ingleses assumiram o poder em 1415, mas foram expulsos em 1430. Em 1450, Henrique IV resgatou a cidade das garras dos seguidores da Liga. Atualmente, Melun está localizada na área metropolitana de Paris, conhecida como Île de France, situada a cerca de 50 quilômetros ao sul de Paris, perto de Fontainebleau. Fica ao longo do Rio Sena. Hoje, serve como um importante centro industrial e é considerada o berço do poeta J. Amiot. Isso pode ser observado no mapa francês.                   

Ao lado de suas áreas metropolitanas e imagens da região da Île de France. No início do século XVIII, relatos surpreendentes se espalharam em Portugal revelando que os contrafortes das serras da Ibiapaba e dos Cocos, no Ceará, continham ricos depósitos de minerais, prata e ouro, surgindo na superfície da terra. O local específico para esses minerais seria Araticum, que agora é um distrito de Ubajara. Essa notícia despertou uma tremenda ganância e ambição dentro daquela corte pela exploração e envio de riquezas de volta aos donos do reino. Muitos indivíduos deixaram a Metrópole e migraram para o Brasil em busca dos imensos tesouros que poderiam ser potencialmente desenterrados. No entanto, a história real foi bem diferente. Em contrapartida, o ouro e a prata obtidos de Minas Gerais em quantidades substanciais permitiram à Corte Portuguesa reconstruir Lisboa após o terremoto de 1755. Em 15 de outubro de 1742, por meio de uma Carta Régia respondendo a um pedido feito pelo Padre José da Rocha, uma comissão composta por cinco engenheiros de minas.   

Os trabalhos estavam prosseguindo de maneira habitual, mas, lamentavelmente, a ambição e a inveja de várias pessoas atrapalharam o bom desenvolvimento das atividades, incluindo o Ouvidor Manuel José de Farias, que fez de tudo para que os engenheiros negassem a presença de minérios. Além disso, ele fez denúncias ao Rei de Portugal acerca de supostas ações de violência e injustiças. No ano de 1758, uma Ordem Régia datada de 25 de setembro (segunda-feira) ordenou o fim das pesquisas nas minas do Acaraú e em outras que existissem na Capitania.

A comissão foi desfeita, sem ter encontrado qualquer resultado positivo. As amostras enviadas a Lisboa para análise pelo Ouvidor Farias foram avaliadas pelo cientista Guilherme Dugood, que as classificou como "comuns pedras de enxofre e cobre", não apresentando viabilidade para exploração, devido ao alto custo do projeto e ao baixo valor dos minerais.

As escavações realizadas durante essa exploração são responsáveis pelo aparecimento da conhecida Gruta do Ubajara, que é um atrativo turístico no Ceará atualmente. Após a dissolução da Comissão, seus integrantes se dispersaram. No entanto, Jean Fontainelles decidiu ficar e optou por se estabelecer no Sítio Pitinga, conhecido como Aldeia dos Jesuítas ou Aldeia da Ibiapaba, que foi elevada à categoria de Vila Viçosa Real da América em 07 de julho de 1759. Ele comprou várias parcelas de terra, especialmente na área chamada "Careta", cuja aquisição custou uma quantia significativa de quinze mil réis. Prosseguiu, por conta própria, com suas investigações para descobrir minérios e também se dedicou à atividade de ourives e criação de gado. Ali realizou o Rebentão (uma fonte de água no Careta), nas proximidades da qual foram encontradas pequenas jazidas de pouco valor.

Não há registros sobre a data de nascimento de Jean Fontainelles. Ele completou seus estudos iniciais na sua cidade natal, Melun, na França. Depois, foi para a antiga Milícia como Soldado e, devido ao seu desempenho, foi promovido a Tenente e posteriormente a Capitão. Após essa fase, foi para Portugal, onde ingressou na Escola de Engenharia de Minas. Como Engenheiro de Minas, fez parte do grupo que viajou ao Ceará para a exploração de minérios.

Em 7 de janeiro de 1754, em Sobral, na presença do Padre Antônio Tomás Serra, Jean Fontainelles casou-se pela primeira vez com Ana Correia da Luz, filha de André Álvares Pereira e Vicência Dias. Desse matrimônio tiveram 02 filhas São elas:

01. Ângela Maria Fontenele, que se casou com Domingos João de Almeida Mascarenhas;

02. Vitória, que faleceu aos 2 anos.

 

Em 1766, na cidade de Viçosa, Jean Fontainelles contraiu seu segundo casamento com Umbelina Maria de Jesus, natural de Acaraú (Ceará), filha do português Manuel Gonçalves de Brito, natural da Ilha da Madeira, do Bispado de Angra do Heroísmo (Portugal), e de Rosa Maria de Jesus, que era originária de Santo Antônio de Jacobina (Bahia). Desse matrimônio tiveram 10 filhos. São eles:

 

03. Felipe Benício Fontenele, nascido em 23/08/1767, casou-se com Teresa de Jesus do Espírito Santo; foi casado com Inocência de Sousa Castro; e com Maria dos Anjos Portela.

04. Rosa Maria Fontenele

05. Guilherme José Fontenele, casado com Ana Joaquina do Rosário

06. Agápita Fontenele, casada com Manuel Simões Moreira Júnior

07. Jacinta Maria Fontenele

08. Paulo Fontenele, casado com Rosa Maria do Espírito Santo

09. João Damasceno Fontenele

10. Plácido Benício Fontenele, casado com Maria Antônia dos Santos

11. Ludovica Fontenele

12. Amaro José Fontenele



Texto de Eugênio Pacelly Alves



Referências bibliográficas:

Os Fontenele: A marcha do tempo. Disponível em: >(https://acarauprarecordar.blogspot.com/2013/02/os-fontenele-marcha-do-tempo.html)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.

Origem dos Fontenele . Disponível em: >(https://vaninemagalhaes.blogspot.com/2013/10/origem-dos-fontenele.html)<. Acesso em 25 de outubro de 2024.

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