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Vários testes de DNA, como o da MyHeritage, oferecem uma relação de correspondências genéticas entre os resultados apresentados. A correspondência de DNA, basicamente, revela trechos de material genético que você compartilha com outras pessoas, criando assim uma lista de indivíduos com DNA semelhante ao seu.
Mas o que realmente implica ter DNA em comum? Compartilhar DNA indica, sem dúvida, que duas pessoas são parentes? Para compreender essa questão, é essencial esclarecer que o termo “DNA compartilhado” pode ser um pouco ambíguo. Isso porque todos os humanos compartilham DNA — não apenas entre si, mas também com todos os outros seres vivos do planeta! Aproximadamente 99,9% do DNA humano é idêntico de uma pessoa para outra.
Entretanto, quando abordamos o DNA compartilhado no contexto da genealogia genética, referimo-nos à minúscula fração do DNA responsável pelas diferenças entre os seres humanos. A correspondência de DNA investiga exatamente essa parte e identifica SNPs (polimorfismos de nucleotídeo único) — pequenas variações nas sequências de bases do DNA que ajudam a distinguir seu perfil genético em relação ao da maioria das pessoas.
Portanto, quando se menciona que você compartilha 50% do seu DNA com um pai ou um filho, isso não significa que metade de todo o seu código genético é igual. Na verdade, seus genes são aproximadamente 99,9% idênticos aos de qualquer outro ser humano. Compartilhar 50% do DNA com alguém significa que vocês dividem metade da pequena porção do genoma que varia entre os seres humanos.
Além disso, a quantidade de DNA compartilhado é medida em porcentagens ou em centimorgans (cM), unidade que representa o comprimento dos trechos de DNA. Em média, você herda cerca de 50% do seu DNA de cada um dos genitores — aproximadamente 3.700 cM. Contudo, essa proporção não é exatamente 50%, pois certas partes do DNA são herdadas exclusivamente da mãe (como o DNA mitocondrial) ou do pai (como o cromossomo Y).
Como resultado, irmãos completos normalmente compartilham entre 2.200 cM e 3.400 cM de DNA, o que equivale a cerca de 37,5% a 61%. Essa variação ocorre por causa da recombinação genética: embora ambos recebam metade do DNA de seus pais, os 50% específicos que cada um herda são aleatórios.
Por essa razão, qualquer SNP de um dos pais pode ser transmitido a ambos os irmãos, apenas a um deles ou a nenhum. A única exceção são os gêmeos idênticos, que se desenvolvem a partir de um único óvulo fertilizado que se divide em dois, resultando em DNA 100% idêntico.
Por outro lado, os meio-irmãos compartilham cerca de metade do DNA que irmãos completos compartilham. No entanto, essa proporção também pode variar devido ao caráter aleatório da recombinação genética.
Mas será que é possível ter DNA em comum e não ser, de fato, parente? A resposta é: sim… ou não, dependendo da definição de “parentesco”. Como mencionado anteriormente, todos os humanos compartilham DNA e, portanto, têm ancestrais em comum — a diferença está em quantos milhões de anos é necessário retroceder no tempo para identificá-los.
Além disso, no que diz respeito aos SNPs analisados por plataformas como o MyHeritage, é possível compartilhar segmentos de DNA com uma pessoa listada como correspondência genética, mesmo sem haver ancestrais recentes em comum.
Esse fenômeno é conhecido como “identidade por estado” (IBS), que ocorre quando as semelhanças genéticas surgem por acaso ou foram herdadas de um ancestral muito remoto. Em contrapartida, a “identidade por descendência” (IBD) acontece quando os SNPs em comum foram herdados de um ancestral compartilhado mais recente.
Em suma, quanto mais distante for a correspondência de DNA e menor a quantidade de DNA em comum, menor é a probabilidade de existir um ancestral recente compartilhado. Isso é especialmente comum em populações endogâmicas, como a dos judeus asquenazes, cujos membros têm se casado dentro da própria comunidade por gerações, resultando em um compartilhamento significativo de DNA mesmo sem parentesco próximo.
Por fim, uma maneira essencial de determinar se uma correspondência de DNA sugere um verdadeiro laço familiar é analisar não apenas a quantidade total de DNA compartilhado, mas também o tamanho dos segmentos. Segmentos mais extensos indicam uma maior probabilidade de parentesco. Essas informações estão disponíveis no cartão de correspondência de DNA, na seção “Revisar correspondência de DNA” e também podem ser visualizadas no navegador de cromossomos.
Texto de Eugênio Pacelly Alves
Referências bibliográficas:
Até quando somos parentes de alguém? Disponível em: >(Até quando somos parentes de alguém? (Blog Genera))<. Acesso em 09 de março de 2025.
Como de fato funciona a herança genética e o teste de DNA. Disponível em: >(https://www.biogenetics.com.br/como-de-fato-funciona-a-heranca-genetica-e-o-teste-de-dna)<. Acesso em 04 de março de 2025.
O que é uma correspondência de DNA? Noções básicas. Disponível em: >(https://nebula.org/blog/dna-match/)<. Acesso em 04 de março de 2025.
Quanto DNA você compartilha com cada membro da sua família? Disponível em: >(https://blog.meudna.com/quanto-dna-voce-compartilha-com-cada-membro-da-sua-familia/)<. Acesso em 04 de março de 2025.


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