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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Origem do sobrenome Arcoverde no Brasil

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O termo "Arcoverde" deriva de raízes indígenas, significando "árvore verde", em alusão à flora da área onde se encontra a cidade de Arcoverde, no estado de Pernambuco, Brasil.

Um dos indivíduos mais notáveis do sul do litoral potiguar foi André de Albuquerque Maranhão Arcoverde, conhecido por seus atos de violência na antiga Província. O nome André era comum entre seus familiares, incluindo seu avô, tio, primos e até mesmo seu filho, especialmente na transição do século XVIII para o XIX. Isso pode ser relacionado ao padre André de Soveral, uma figura relevante no massacre de Cunhau, que ocorreu no século XVII.

O sobrenome Arcoverde foi transmitido pela tetravó de André, uma índia tabajara que, ao se unir a Jerônimo de Albuquerque, passou a ser conhecida como Maria do Espírito Santo Arcoverde. A escolha desse sobrenome da família foi influenciada pelas revoltas nativistas e pelo crescente nacionalismo, que promovia sentimento de orgulho nacional. Ele morava em uma propriedade particular, onde fazia suas próprias leis. André poderia ter se tornado o vingador de seu tio homônimo, que foi considerado mártir em 1817. Em suas forças particulares, havia o negro Simplício, apelidado de "Cobra Verde", que estava sempre armado com uma arma chamada "Meio Berro". Cascudo afirmava que essa arma "havia matado uma novilha antes de terminar o berro que começara". Essa famosa espingarda do Estado, que passou por várias gerações, acabou no Instituto Histórico. Com seu cano serrado, muitos acreditavam que isso contribuía para sua precisão e poder letal.

É intrigante como uma arma desse tipo, uma carabina Minié, poderia já estar em uso durante o Cunhau na primeira metade do século XIX, visto que esse modelo de armamento foi desenvolvido com nova tecnologia balística em 1847, oferecendo um carregamento mais rápido. Ela chegou ao Brasil em 1857 e teve uso significativo na Guerra do Paraguai. O cano serrado tornava o uso mais prático para o atirador.

Olavo de Medeiros destacou o desejo de Arcoverde por modernizar sua produção de açúcar, adquirindo um engenho avançado. Isso o colocava à frente de seu tempo nesse aspecto. Por essa razão, ele tinha um grande interesse em terras férteis na área e almejava apoderar-se das propriedades de seus irmãos solteiros, José Inácio e Maria Cunhau, que não tinham filhos diretos. Ignorando as histórias em torno de sua figura, ele parecia ter um bom senso em seus investimentos.

No entanto, existem textos que afirmam que a linhagem Arcoverde tem suas origens na localidade de Arcoverde, situada no estado de Pernambuco, na parte nordeste do Brasil. Essa família é uma das mais antigas do Brasil, com raízes que remontam ao século XVI. A dinastia é reconhecida por sua contribuição à história brasileira, particularmente durante a época colonial. A família Arcoverde se destaca como uma das mais prósperas e influentes do Brasil. Ela possui significativas riquezas em vários segmentos da economia nacional, abrangendo as áreas financeira, imobiliária, agrícola e de mineração.

 

André de Albuquerque Maranhão Arcoverde

Coronel, originário de Canguaretama-RN, nasceu em 4 de maio de 1775 e morreu em 26 de abril de 1817. Um grande proprietário da usina Cunhau, investiu todo seu prestígio como um homem rico e influente na instauração do regime republicano. Quando a Revolução de 1817 irrompeu no Recife, um movimento com a República como um de seus principais objetivos, André de Albuquerque recebeu aconselhamento de José Inácio Borges, José da Capitania do Rio Grande do Norte. Inicialmente, ele cedeu; mas logo alterou sua posição, devido a suas afinidades com o movimento. O governador tentou, em vão, convencê-lo a desistir de seu ideal republicano, após uma longa conferência ocorrida no Engenho Belém, localizado próximo à cidade de Nísia Floresta.

Em 25 de março de 1817, ao retornar a Natal, o governador é cercado e preso por André e seu primo e cunhado do mesmo nome, à frente de 400 homens. A Revolução tem sucesso três dias depois, quando entram em Natal sem enfrentar resistência. No dia seguinte, uma junta provisória de governo é formada por coronel André de Albuquerque e pelo padre Feliciano José Dorneles, coronel Joaquim José do Rego Barros e outras figuras militares. Os holandeses afirmam unanimemente que André de Albuquerque foi responsável por sua própria queda, pois não colocou em prática nenhuma das ideias revolucionárias que defendia, isolando-se assim no poder. Ocorrem defecções em suas fileiras.

O CapitãoAntônio Germano, que fazia parte da junta, começa a promover a contrarrevolução nos quartéis. Em 25 de abril de 1817, um mês após o triunfo da revolução, o palácio é invadido, resultando na prisão de André de Albuquerque. Ele tenta se lançar pela janela do palácio, mas um militar o impede, e um oficial o fere com uma espada no abdômen por baixo da mesa; caído e com vísceras expostas, ele morre no dia seguinte, sem assistência médica. Seu corpo é amarrado a um tronco e levado para a cidade, sendo exposto à indignação pública. Nas ruas, a multidão grita vivas a D. João VI.

O capitão Antônio José Leite reivindica a responsabilidade pela morte do coronel, recebe uma condecoração e, mais tarde, a família Maranhão busca vingança. No Dicionário Biográfico de Pernambuco Célebres, de Francisco Augusto Pereira da Costa, há uma menção a uma versão que indica que ele teria nascido em Ericeira, Portugal, em 1621.

Reconhecido como general de cavalaria e herói, atuou no Brasil e depois na Europa. Seu avô materno também se chamava André de Albuquerque, era fidalgo da casa real, alcaide da vila de Igarassu, Pernambuco, e governador da Paraíba. Ele faleceu em Natal, em 26 de abril de 1817.



Texto de Eugênio Pacelly Alves



Referências bibliográficas:

O brigadeiro Arcoverde: o homem e a lenda. Disponível em: >(O brigadeiro Arcoverde: o homem e a lenda (Tribuna do Norte))<. Acesso em 28 de outubro de 2024.

A trajetória da família indígena Arcoverde. Disponível em: >(A trajetória da família indígena Arcoverde (Jean Paul Gouveia Meira))<. Acesso em 28 de outubro de 2024.

Qual a história e origem do sobrenome e família "Arcoverde"? Disponível em: >(Qual a história e origem do sobrenome e família "Arcoverde"? (Nomes e Sobrenome))<. Acesso em 01 de novembro de 2024.

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