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sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Origem do sobrenome Dantas e algumas genealogias na região Nordeste do Brasil

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Sobrenome relacionado a um lugar em Portugal, que se originou na área chamada Antas, que fazia parte do antigo município de Coura, agora conhecido como Esposende. Este termo provém do latim antae ou antarum, que é o plural de “anta”, que se refere a pilastras que sustentam portas ou contrafortes. Refere-se às estruturas megalíticas pré-históricas que foram descobertas na região.

Não há um acordo claro sobre quem foi o pioneiro a adotar o topônimo como sobrenome, resultando em várias opiniões sobre as linhagens e os nomes associados. Alguns acreditam que a primeira pessoa a usar o sobrenome foi Vasco de Antas, que era vassalo do rei dom Afonso VI de Leão e Castela (1047-1109) e contemporâneo de dom Henriques (1066-1112), conde de Portucale. Outros afirmam que o verdadeiro criador do sobrenome foi Fernão Mendes de Antas, um filho de Dom Fernão Mendes de Bragança, o Bravo, e dona Teresa Soares. Mendes de Bragança tinha como esposa dona Sancha Henriques, que era filha do conde de Portucale. A expressão “de Antas”, que indicava o topônimo, posteriormente passou a ser “d’Antas” e, finalmente, adaptou-se para “Dantas”.

O sobrenome chegou ao Brasil durante o século 16, com Balthazar de Moraes de Antas (por volta de 1540-1600), que, segundo algumas fontes, era descendente de Vasco de Antas. Balthazar desembarcou em São Vicente em 1555 e casou-se com Brites Rodrigues Annes. Em 1579, ele foi escolhido como Juiz Ordinário de São Paulo, mas não conseguiu assumir o cargo devido à acusação de ser “cristão-novo”. Embora tenha provado que não era judeu, ele não ocupou a posição.

Outros indivíduos com os sobrenomes De Anta e Danta também chegaram ao Brasil ao longo dos anos, incluindo Antônio José Dantas, que chegou a Santos em 1912.

No estado do Rio Grande do Norte, há uma cidade chamada Francisco Dantas, em homenagem ao paraibano Francisco Dantas de Araújo, que faleceu em 1942. Na Bahia, a localidade de Cícero Dantas presta homenagem a Cícero Dantas Martins (1838-1903), barão de Jeremoabo e descendente do Coronel João Dantas, que se destacou nas batalhas pela Independência.


Algumas genealogias na região Nordeste do Brasil

Oferecemos este breve ensaio genealógico da prole Dantas no Rio Grande do Norte, tendo como ponto de partida, José de Medeiros Dantas, nascido aproximadamente em 1792. Filho do Capitão João Crisóstomo de Medeiros e Francisca Xavier Dantas. Se casou com a potiguar Maria do O do Nascimento, ela sendo filha dos potiguares Capitão Simplício Francisco Dantas e Anna Francisca de Medeiros. Desse matrimônio tiveram 06 filhos, onde herdaram os sobrenomes: Medeiros, Mercês e de fé.

José de Medeiros Dantas teve 15 netos que herdaram os sobrenomes: Araújo, de fé, Nascimento Silva e Medeiros.

José de Medeiros Dantas teve aproximadamente 38 bisnetos que herdaram os sobrenomes: Medeiros, Dantas, Pinto, de fé, Borges e Cruz. 

 

Com a intenção de ampliar as pesquisas sobre possíveis ascendentes com sobrenome Dantas na região Nordeste do Brasil, seguem mais alguns dados relevantes:

Bahia: Juvêncio Dantas, nascido em 1814 em Itaparica/BA e se casou com Guilhermina Meireles Dantas.

Sergipe: Luiz Vieira Dantas, nascido aproximadamente em 1840 e se casou com Maria Ferreira da Cruz. Desse matrimônio tiveram 01 filho.

Alagoas: Jacintha Vieira Dantas, nascida aproximadamente em 1845 e se casou com Pedro Vieira de Barros. Desse matrimônio tiveram 01 filha.

Pernambuco: Manuel José Dantas, nascido aproximadamente em 1813 e se casou com Serafina Siqueira Rocha, ela sendo filha do Coronel Francisco Liberato Siqueira Rocha e Joana Figueiredo de Jesus. Desse matrimônio tiveram 01 filho.

Paraíba: Antônio Vieira Dantas, nascido aproximadamente em 1852 e se casou com Luíza Maria dos Prazeres. Desse matrimônio tiveram 02 filhos.

Rio Grande do Norte: Maria Ribeiro Dantas, nascida aproximadamente em 1844 e se casou com Manuel Duarte da Silva.

Ceará: Maria do Carmo Dantas, nascida em 1810 e se casou com o Coronel José Vitorino Soares Dantas Filho, ele sendo filho do Juiz José Victorino Soares Dantas e Eufrásia Maria de Almeida. Desse matrimônio tiveram 06 filhos.

Piauí: Maria Victória Dantas, nascida em 1810 e se casou com Raimundo Martins de Sousa, ele sendo filho de Joaquim de Souza Martins e Teresa de Jesus Maria Pereira da Silva. Desse matrimônio tiveram 05 filhos.

Maranhão: Pedro Pereira Dantas, nascido aproximadamente em 1842 e se casou com Alexandrina Maria da Conceição. Desse matrimônio tiveram 03 filhos.



Texto de Eugênio Pacelly Alves



Referências bibliográficas:

Dantas, D’Antas, AntasDisponível em: >(Dantas, D’Antas, Antas (Sobre Nomes))<. Acesso em 09 de março de 2025.

José de Medeiros Dantas. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/K2NY-FSP)<. Acesso em 09 de março de 2025.

Maria do O do Nascimento. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/K2NY-9D3)<. Acesso em 04 de março de 2025.

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Você compartilha DNA com alguém: Isso quer dizer que são parentes?

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Vários testes de DNA, como o da MyHeritage, oferecem uma relação de correspondências genéticas entre os resultados apresentados. A correspondência de DNA, basicamente, revela trechos de material genético que você compartilha com outras pessoas, criando assim uma lista de indivíduos com DNA semelhante ao seu.

Mas o que realmente implica ter DNA em comum? Compartilhar DNA indica, sem dúvida, que duas pessoas são parentes? Para compreender essa questão, é essencial esclarecer que o termo “DNA compartilhado” pode ser um pouco ambíguo. Isso porque todos os humanos compartilham DNA — não apenas entre si, mas também com todos os outros seres vivos do planeta! Aproximadamente 99,9% do DNA humano é idêntico de uma pessoa para outra.

Entretanto, quando abordamos o DNA compartilhado no contexto da genealogia genética, referimo-nos à minúscula fração do DNA responsável pelas diferenças entre os seres humanos. A correspondência de DNA investiga exatamente essa parte e identifica SNPs (polimorfismos de nucleotídeo único) — pequenas variações nas sequências de bases do DNA que ajudam a distinguir seu perfil genético em relação ao da maioria das pessoas.

Portanto, quando se menciona que você compartilha 50% do seu DNA com um pai ou um filho, isso não significa que metade de todo o seu código genético é igual. Na verdade, seus genes são aproximadamente 99,9% idênticos aos de qualquer outro ser humano. Compartilhar 50% do DNA com alguém significa que vocês dividem metade da pequena porção do genoma que varia entre os seres humanos.

Além disso, a quantidade de DNA compartilhado é medida em porcentagens ou em centimorgans (cM), unidade que representa o comprimento dos trechos de DNA. Em média, você herda cerca de 50% do seu DNA de cada um dos genitores — aproximadamente 3.700 cM. Contudo, essa proporção não é exatamente 50%, pois certas partes do DNA são herdadas exclusivamente da mãe (como o DNA mitocondrial) ou do pai (como o cromossomo Y).

Como resultado, irmãos completos normalmente compartilham entre 2.200 cM e 3.400 cM de DNA, o que equivale a cerca de 37,5% a 61%. Essa variação ocorre por causa da recombinação genética: embora ambos recebam metade do DNA de seus pais, os 50% específicos que cada um herda são aleatórios.

Por essa razão, qualquer SNP de um dos pais pode ser transmitido a ambos os irmãos, apenas a um deles ou a nenhum. A única exceção são os gêmeos idênticos, que se desenvolvem a partir de um único óvulo fertilizado que se divide em dois, resultando em DNA 100% idêntico.

Por outro lado, os meio-irmãos compartilham cerca de metade do DNA que irmãos completos compartilham. No entanto, essa proporção também pode variar devido ao caráter aleatório da recombinação genética.

Mas será que é possível ter DNA em comum e não ser, de fato, parente? A resposta é: sim… ou não, dependendo da definição de “parentesco”. Como mencionado anteriormente, todos os humanos compartilham DNA e, portanto, têm ancestrais em comum — a diferença está em quantos milhões de anos é necessário retroceder no tempo para identificá-los.

Além disso, no que diz respeito aos SNPs analisados por plataformas como o MyHeritage, é possível compartilhar segmentos de DNA com uma pessoa listada como correspondência genética, mesmo sem haver ancestrais recentes em comum.

Esse fenômeno é conhecido como “identidade por estado” (IBS), que ocorre quando as semelhanças genéticas surgem por acaso ou foram herdadas de um ancestral muito remoto. Em contrapartida, a “identidade por descendência” (IBD) acontece quando os SNPs em comum foram herdados de um ancestral compartilhado mais recente.

Em suma, quanto mais distante for a correspondência de DNA e menor a quantidade de DNA em comum, menor é a probabilidade de existir um ancestral recente compartilhado. Isso é especialmente comum em populações endogâmicas, como a dos judeus asquenazes, cujos membros têm se casado dentro da própria comunidade por gerações, resultando em um compartilhamento significativo de DNA mesmo sem parentesco próximo.

Por fim, uma maneira essencial de determinar se uma correspondência de DNA sugere um verdadeiro laço familiar é analisar não apenas a quantidade total de DNA compartilhado, mas também o tamanho dos segmentos. Segmentos mais extensos indicam uma maior probabilidade de parentesco. Essas informações estão disponíveis no cartão de correspondência de DNA, na seção “Revisar correspondência de DNA” e também podem ser visualizadas no navegador de cromossomos.



Texto de Eugênio Pacelly Alves



Referências bibliográficas:

Até quando somos parentes de alguém? Disponível em: >(Até quando somos parentes de alguém? (Blog Genera))<. Acesso em 09 de março de 2025.

Como de fato funciona a herança genética e o teste de DNA. Disponível em: >(https://www.biogenetics.com.br/como-de-fato-funciona-a-heranca-genetica-e-o-teste-de-dna)<. Acesso em 04 de março de 2025.

O que é uma correspondência de DNA? Noções básicas. Disponível em: >(https://nebula.org/blog/dna-match/)<. Acesso em 04 de março de 2025.

Quanto DNA você compartilha com cada membro da sua família? Disponível em: >(https://blog.meudna.com/quanto-dna-voce-compartilha-com-cada-membro-da-sua-familia/)<. Acesso em 04 de março de 2025.

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Alguns Albuquerques do Ceará: A genealogia de um Senador do século XIX

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Senador Manoel Bezerra de Albuquerque Júnior, filho do Major Manoel Bezerra de Albuquerque e Antônia Felismina da Purificação de Jesus Monteiro Gondim, nascido aproximadamente em 1843 e em 1ª núpcia se casou com Luísa Torres de Albuquerque, ela sendo filha dos cearenses José Varonil Bezerra de Albuquerque e Jesuína Cavalcante Torres de Albuquerque. Desse matrimônio tiveram 03 filhos. São eles:

1. Maria Luísa de Albuquerque Lima, nascida em 1872 em Fortaleza/CE e se casou com Joaquim Lima, ele sendo filho de Raimundo José da Silva e Francisca Cândida de Jesus Correia Silva. Desse matrimônio tiveram 06 filhos. São eles:

1.1. Stênio Caio de Albuquerque Lima, nascido em 1897 em Fortaleza/CE e se casou com Luísa Cassales, ela sendo filha do italiano Luigi Casali e Maria do Carmo Santos Rego. Desse matrimônio tiveram 02 filhos. 

1.2. Jairo Jair de Albuquerque Lima, nascido em 1898 em Fortaleza/CE e se casou com Ayr da Silva Mello, ela sendo filha de Theodoro Silveira Mello e Edwirges Goés da Silva. 

1.3. Maria Luísa de Albuquerque Lima, nascida em 1903 em Fortaleza/CE e se casou com Luiz Gonzaga Nogueira Lima, ele sendo filho de Emygdio Nogueira Lima e Maria Vicência de Paula Paiva. 

1.4. Hilda de Albuquerque Lima, nascida em 1905 em Fortaleza/CE e se casou com Carlos Alves Lopes, ele sendo filho de João Batista Lopes e Francisca Alves. Desse matrimônio tiveram 07 filhos. 

1.5. José Varonil de Albuquerque Lima, nascido em 1906 em Fortaleza/CE e em 1ª núpcia se casou com Francisca Aracy Gomes Fontenele, ela sendo filha João Damasceno Fontenelle e Maria Laura Ferreira Gomes. Desse matrimônio tiveram 01 filho. 

José Varonil em 2ª núpcia se casou com Iná Bastos


1.6. Afonso Augusto de Albuquerque Lima, nascido em 1908 em Fortaleza/CE e se casou com Maria Helena Moreira de Souza, ela sendo filha Joaquim Pinto Moreira de Sousa e Iracema de Sousa Carvalho. Desse matrimônio tiveram 02 filhas. 


2. Cecília, nascida em 1884 em Fortaleza/CE.

3. Affonso Bezerra de Albuquerque


Senador Manoel em 2ª núpcia se casou com Andrea Vianna de Saboya, ela sendo filha do Tenente Coronel Joaquim Carlos de Saboya e Josepha Vianna Saboya. Desse matrimônio tiveram 02 filhos. São eles:

4. Hugo Bezerra de Albuquerque, nascido em 1891 no Rio de Janeiro e se casou com Cenyra Gonçalves Albuquerque, ela sendo filha do Capitão Manoel José Gonçalves e Izabel Leopoldina Gonçalves. Desse matrimônio tiveram 04 filhas. São elas:

4.1. Cecília Albuquerque de Magalhães, nascida em 1916 no Rio de Janeiro/RJ.

4.2. Carmen Lúcia Bezerra de Albuquerque, nascida em 1917 no Rio de Janeiro/RJ.

4.3. Dirce Bezerra de Albuquerque, nascida em 1919 no Rio de Janeiro/RJ.

4.4. Conceição Bezerra de Albuquerque, nascida em 1920 no Rio de Janeiro/RJ.


5. Carmen Albuquerque Bastos, nascida em 1892 em Fortaleza/CE.


Ancestralidade do Senador Manoel 

Avós paternos: Francisco Félix Bezerra de Albuquerque e Ana Clara de Jesus

Avós maternos: Alferes José Monteiro Gondim e Rosa Gertrudes de Jesus

Bisavós paternos:

Bisavós maternos: João Velho de Oliveira Gondim e Antônia Maria do Nascimento; Capitão Domingos Rodrigues da Cunha e Maria Moreira de Sousa


Quem foi o Senador Manoel Bezerra?

(Texto compartilhado no dia 14 de abril de 2025 por Kleiton de Sousa Moraes)

Participou da Guerra do Paraguai (1864-1870), retornando com a classificação de capitão, além de diversas medalhas e reconhecimentos de bravura. Aposentou-se em 1883 no grau de major e começou a atuar na Prefeitura de Fortaleza como assistente de um engenheiro da Câmara Municipal. Convicto de suas crenças republicanas, tornou-se uma figura relevante na afirmação da República no Ceará durante a ocupação do palácio governamental e a aclamação do novo líder do estado, o Tenente Coronel Luís Antônio Ferraz (1889-1891). Logo depois, foi nomeado como secretário dos Assuntos da Guerra.

Diante das posturas centralizadoras do governo de Deodoro da Fonseca (1889-1891), começou a tramitar conspirações no Rio de Janeiro e no Ceará. Em 1890, foi eleito senador pelo Ceará para o Congresso Nacional Constituinte. Tomou posse em 15 de novembro de 1890, onde participou da redação da Constituição que foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891 e, com a abertura da legislatura regular em junho, passou a integrar o Senado Federal.

Em 1892, ainda como senador, liderou a Escola Militar e as tropas federais que bombardearam o palácio do governo do Ceará durante a deposição de Clarindo de Queirós (1891-1892), que era aliado de Deodoro. Faleceu em Fortaleza no dia 12 de abril de 1892 enquanto exercia seu mandato.



Texto de Patrício Holanda



Referências bibliográficas:

Andrea Vianna de Saboya. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G71Z-F7W)<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

GIRÃO, V. Ceará ( p.61); LEITE NETO, L. Catálogo biográfico ( v.3, p.1963/4). 

José Soares de Vasconcellos II. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G3YD-34T)<. Acesso em 06 de maio de 2025.

Luísa Torres de Albuquerque. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GMKS-XJP)<. Acesso em 06 de janeiro de 2024.

Senador Manoel Bezerra de Albuquerque Junior. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GMKS-DR4)<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

domingo, 9 de novembro de 2025

Fragmentos da família Gonçalves Magalhães em Tamboril/CE de 1825 a 1900

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Florêncio Gonçalves Magalhães, filho de Luís Gonçalves Magalhães e Anna Ferreira Magalhães, nascido aproximadamente em 1825 e em 1ª núpcia se casou com Sebastiana Vieira de Mesquita, ela sendo filha de Ignácio José Vieira e Josefa de Mesquita. Desse matrimônio tiveram 03 filhos. São eles:

1. Anna Vieira de Mesquita,  nascida aproximadamente em 1856 e se casou com Pedro Ferreira Magalhães, ele sendo filho de José Ferreira Magalhães e Maria Rodrigues dos Reis. Desse matrimônio tiveram 01 filho. É ele:

1.1. Raimundo Ferreira Magalhães, nascido em 1883 em Tamboril/CE.


2. Eugênio Gonçalves Magalhães, se casou com Maria Rodrigues Magalhães, ela sendo filha de José Ferreira Magalhães e Maria Rodrigues dos Reis. Desse matrimônio tiveram 03 filhos. São eles:

2.1. Maria Gonsalves Magalhães, nascida em 1886 em Ipueiras/CE.

2.2. Filina, nascida em 1888 em Ipueiras/CE.

2.3. Joaquim Ferreira Magalhães, nascido aproximadamente em 1900 e se casou com Rosa Vieira do Nascimento.


3. Raimundo

Florêncio em 2ª núpcia se casou com Sebastiana Ferreira de Maria, ela sendo filha de Eugênia Rodrigues Ferreira. Desse matrimônio tiveram 01 filho. É ele:

4. Luiz Gonsalves Magalhães, nascido em 1868.

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José Ferreira Magalhães, filho de Luís Gonçalves Magalhães e Anna Ferreira Magalhães, nascido aproximadamente em 1830 e se casou com Maria Rodrigues dos Reis, ela sendo filha de Belchior de Souza Reis e Gertrudes Maria de Freitas. Desse matrimônio tiveram 11 filhos e apenas 01 herdou o sobrenome Gonçalves Magalhães, é ela:

1. Francisca Gonçalves Magalhães, nascida aproximadamente em 1867 e se casou com João Ferreira Calaça, ele sendo filho de José Ignácio Calaça e Cypriana Francisca Vieira. Desse matrimônio tiveram 09 filhos. São eles:

1.1. Carolina Ferreira Calaça, nascida aproximadamente em 1887 e se casou com Francisco da Silva Barros, ele sendo filho de João da Silva Barros e Maria Ferreira da Conceição. Desse matrimônio tiveram 06 filhos. 

1.2. Maria Ferreira Callassa, nascida em 1887 Ipueiras/CE e se casou com José Alves de Araújo, ele sendo filho de Raimundo Alves de Araújo e Joanna Maria do Espírito Santo. Desse matrimônio tiveram 03 filhas. 

1.3. João Ferreira Calaça, nascido em 1888 em Ipueiras/CE e se casou com Maria Alves Pereira, ela sendo filha de Vicente Alves Pereira e Maria da Conceição de Mesquita. Desse matrimônio tiveram 05 filhos. 

1.4. João Calaça Filho, nascido em aproximadamente em 1890 e se casou com Petronilla da Silva Barros, ela sendo filha de João da Silva Barros e Maria Ferreira da Conceição. Desse matrimônio tiveram 08 filhos. 

1.5. Maria da Glória Magalhães, nascida aproximadamente em 1893 e se casou com Damião da Silva Barros, ele sendo filho de João da Silva Barros e Maria Ferreira da Conceição. Desse matrimônio tiveram 04 filhos. 

1.6. Antônia Gonçalves da Silva, nascida aproximadamente em 1896 e se casou com Antônio da Silva Barros, ele sendo filho de João da Silva Barros e Maria Ferreira da Conceição. Desse matrimônio tiveram 01 filho. 

1.7. Rosa Gonçalves Magalhães, nascida aproximadamente em 1898 e se casou com Venceslau Feitosa de Freitas, ele sendo filho de Francisco Feitosa de Freitas e Sebastiana Maria de Jesus. Desse matrimônio tiveram 01 filho. 

1.8. Cosmo Ferreira Calaça, nascido em em 1901 em Ipueiras/CE e se casou com Philomena Laurinda de Souza, ela sendo filha de José Raimundo Salustiano e Maria das Dores. Desse matrimônio tiveram 04 filhos. 

1.9. Joana Ferreira Calaça


Tamboril

Tamboril ganhou a designação de vila e município ao mesmo tempo com a promulgação da lei provincial número 664 em 4 de outubro de 1854. O município foi extinto em 1931, mas foi reestabelecido em 1933. Originalmente, em 1842, Tamboril se tornou um distrito do município de Ipu e foi elevado à categoria de município em 1854, desmembrando-se de Ipu. Em 1882, foi criado o distrito de Arraial da Telha, o primeiro distrito de Tamboril. 

Em 1931, o distrito foi abolido e incorporado a Santa Quitéria, que estava em crescimento territorial. Em 1933, o município se libertou mais uma vez, juntamente com o distrito de Arraial da Telha. Logo em seguida, surgiram outros três distritos: Lagoinhas, Pinheiros e Timbaúba. Em 1936, Arraial da Telha foi rebaixada a uma simples localidade, enquanto o distrito de Monsenhor Tabosa foi elevado. Em 1938, dois distritos mudaram de nome: Lagoinha passou a se chamar Pageú e Timbaúba virou Holanda. Em 1943, o distrito de Pageú (antiga Lagoinha) também alterou seu nome para Curatis, e Pinheiros passou a se chamar Sucesso. 

Em 1951, Monsenhor Tabosa se tornou um município independente de Tamboril. Em 1958, o distrito de Oliveira foi criado. Em 1963, o distrito de Sucesso também se emancipou de Tamboril, e foram estabelecidos mais dois novos distritos: Boa Esperança e Carvalho. Em 1965, Sucesso novamente se tornou um distrito de Tamboril.




Texto de Eugênio Pacelly Alves



Referências bibliográficas:

Anna Ferreira Magalhães. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GJFD-7JX)<. Acesso em 06 de janeiro de 2024.

Florêncio Gonçalves Magalhães. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G3BF-B43)<. Acesso em 06 de janeiro de 2024.

José Ferreira Magalhães. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GQ9D-VY7)<. Acesso em 06 de janeiro de 2024.

Luís Gonçalves Magalhães. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GJF8-KX5)<. Acesso em 06 de maio de 2025.

Maria Rodrigues dos Reis. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G3BN-7GX)<. Acesso em 06 de janeiro de 2024.

Sebastiana Ferreira de Maria. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GKVH-TLQ)<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

Sebastiana Vieira de Mesquita. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G3BN-WZ4)<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

Tamboril - Ceará. Disponível em: >(https://www.tamboril.ce.gov.br/omunicipio.php)<. Acesso em 06 de janeiro de 2024.

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Padre Joaquim Leal: A surpreendente história do primeiro sacerdote nascido em Bocaina/PI

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Antes de tudo, é importante lembrar que o primeiro sacerdote nascido em Bocaina veio ao mundo em 02 de março de 1859. Joaquim Antônio de Sousa Leal, filho legítimo de Antônio Borges de Sousa Brito e Joana Rosa de Sousa, foi batizado em 13 de junho daquele mesmo ano na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios, em Picos. Seus padrinhos foram seu avô paterno, Nicolau Borges de Sousa, e a figura de Nossa Senhora.

Por volta de 1877, Joaquim foi enviado para a cidade de São Luís, capital do Maranhão, a fim de iniciar seus estudos no Seminário de Santo Antônio.

Depois de oito anos dedicando-se aos estudos de filosofia e teologia, ele considerou-se preparado para receber o sacramento da ordenação e iniciar sua jornada como padre.

Em seguida, no final de 1885, teve início o processo conhecido como habilitação de gênese, destinado a verificar a legitimidade do candidato e a vida de seus antepassados de acordo com a fé católica. Esse processo era uma procuração eclesiástica voltada à investigação da conduta do indicado e de seus ancestrais, com o objetivo de descobrir qualquer possível heresia.

Nesse contexto, em 21 de dezembro de 1885, o Dr. João Tolentino Gadelha Mourão — vigário-geral, juiz de gênese e figura de destaque no bispado de São Luís — enviou uma comunicação ao pároco da freguesia de Nossa Senhora dos Remédios, em Picos, solicitando que investigasse a capacidade e a integridade de Joaquim para assumir as ordens sagradas.

Por meio desse documento, o ar cipreste determinava que o reverendo pároco informasse, com discrição e justiça, sobre a competência, integridade, costumes e aptidão de Joaquim Antônio de Sousa Leal, então com 26 anos, nascido e batizado na paróquia de Picos, residente no Seminário de Santo Antônio e filho legítimo de Antônio Borges de Sousa Brito e Joana Rosa de Sousa. Após essa análise, o pároco deveria enviar as informações à comarca eclesiástica, devidamente seladas e registradas.

Logo depois, o pároco de Picos, João Severino Miranda Barbosa, respondeu ao juiz Mourão em 26 de janeiro do ano seguinte, afirmando que nada havia que desabonasse a integridade de Joaquim para ocupar funções eclesiásticas.

Posteriormente, em 1886, novas comunicações foram enviadas a respeito de Joaquim Antônio de Sousa Leal. O padre Mourão solicitou que o pároco de Picos recrutasse sete testemunhas aleatórias e “sem interesse” que conhecessem o ordinando para depor sobre ele. As testemunhas foram questionadas com perguntas padrão utilizadas em todos os processos de gênese: onde nasceram, quem eram seus pais e avós, e se algum deles havia cometido crime ou heresia.

As pessoas que testemunharam foram:

  • ·                     Vicente do Rêgo Barros, capitão da Guarda Nacional, casado, 43 anos, natural e residente em Picos;
  • ·                    Raimundo Antônio de Macêdo, capitão reformado da Guarda Nacional, comerciante, casado, 50 anos;
  • ·                     Francisco Pereira dos Santos, 54 anos, casado e residente na vila de Picos;
  • ·                     Teotônio de Sousa Pacífico, 36 anos, natural de Pernambuco e habitante da vila de Picos;
  • ·                     Adriano Moreira Cidade, 60 anos, viúvo, natural do Rio de Janeiro e morador de Picos;
  • ·                     Francisco do Rêgo Barros Paim, 42 anos, natural do Ceará e residente em Picos;
  • ·                     Romão José dos Martírios, capitão da Guarda Nacional, 46 anos.

Todas as testemunhas declararam conhecer Joaquim Antônio, seus pais e avós — todos católicos —, afirmando que jamais haviam cometido heresia. Contudo, mencionaram um crime cometido pelo avô materno do ordinando, Francisco Ezequiel de Sousa Brito, que havia assassinado um homem com uma faca após levar um tapa.

Com o processo de gênese concluído, foi elaborado um registro patrimonial sobre Joaquim. O documento informava que ele recebera de seus pais uma propriedade em Bocaina, avaliada em 600 mil réis, que incluía um açude e um engenho de açúcar.

Além disso, o padre Joaquim possuía em Bocaina um extenso rebanho de gado, sob a responsabilidade de seu irmão Zezé Leal.

Alguns anos depois, em 1891, após ser ordenado padre, foi designado para ser pároco em Buriti dos Lopes. Ao assumir essa função, continuou servindo no mesmo local até o fim de sua vida.

Posteriormente, ao se estabelecer em Buriti dos Lopes, passou a residir na casa paroquial, onde conheceu uma jovem vizinha chamada Cecília Rosa de Sousa.

Com o passar dos meses, o padre Joaquim desenvolveu uma afeição por Cecília. Ao perceber que o sentimento era mútuo, acabou por ceder à tentação e violou o voto de celibato, o que resultou na gravidez da jovem no final de 1893.

Em 03 de agosto de 1894, nasceu a criança fruto dessa relação: Raimundo Estêvão de Sousa. Pouco antes de completar 17 anos, ele se casou com sua prima Joana Rosa Portela Leal, em 27 de julho de 1911, filha de José Antônio de Sousa Leal e Maria do Ó Portela Leal.

Entretanto, o romance entre o padre e Cecília continuou. A população de Buriti dos Lopes tinha conhecimento do relacionamento, mas não houve escândalos nem repúdio. Era de conhecimento popular que existia uma passagem secreta entre a residência do padre Joaquim e a de Cecília, pois as casas tinham paredes contíguas. Essa passagem era utilizada pelo casal para se encontrar discretamente.

Apesar disso, Joaquim era profundamente amado pelos moradores devido ao seu trabalho pastoral, sendo carinhosamente conhecido como Padre Leal.

Posteriormente, em 26 de julho de 1901, nasceu o segundo filho do relacionamento, uma menina chamada Ana Rosa de Sousa.

Além de atuar como pároco em Buriti dos Lopes, Padre Leal também serviu como vigário em Parnaíba e Piracuruca nos primeiros anos do século XX. Além disso, costumava celebrar missas em sua cidade natal, Bocaina, especialmente em datas festivas e casamentos familiares.

Por fim, a trajetória do padre Joaquim Antônio de Sousa Leal encerrou-se em 10 de outubro de 1930. Apesar de suas imperfeições humanas, ele deixou um legado de fé, caridade e dedicação que permanece vivo na memória dos cidadãos de Buriti dos Lopes e Bocaina.

Na ocasião de sua morte, Padre Leal tinha 71 anos, dos quais cerca de 44 foram dedicados ao sacerdócio e 39 à função de pároco em Buriti dos Lopes. Ele deixou 02 filhos, 01 genro, 01 nora e 06 netos.

Finalmente, seu sepultamento ocorreu na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, em Buriti dos Lopes. Em sua homenagem, foi colocada uma lápide em seu túmulo e, posteriormente, uma rua da cidade passou a se chamar Rua Padre Leal, perpetuando sua memória na história local.




Texto de Eugênio Pacelly Alves



Referências bibliográficas:

16 de agosto 147 anos da Paroquia de Buriti dos Lopes. Disponível em: >(https://www.portalburitiense.com.br/2011/08/15/16-de-agosto-147-anos-da-paroquia-de-buriti-dos-lopes/)<. Acesso em 06 de janeiro de 2024.

Biografia do Padre Leal. Disponível em: >(https://alexborgessalvandomemorias.blogspot.com/2025/04/biografia-do-padre-leal.html)<. Acesso em 06 de maio de 2025.

Dados para uma história eclesiástica do Ceará. Disponível em: >(https://www.institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/1957/1957-DadosHistoriaEclesiasticaCeara.pdf)<. Acesso em 06 de janeiro de 2024.

Padre Joaquim Antônio de Sousa Leal. Disponível em: >(https://ancestors.familysearch.org/pt/LB5X-WKH/padre-joaquim-ant%C3%B4nio-de-sousa-leal-1859-1930)<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.