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A família Fiuzas é uma linhagem de origem europeia
que se estabeleceu no Brasil durante o século XVIII. Em 1732, um de seus
integrantes, Francisco Fiuzas, partiu para o Brasil, onde fundou uma
propriedade rural na cidade de São Paulo. Esse empreendimento prosperou, e a
família Fiuzas se tornou uma das mais ricas e influentes do estado. Até hoje,
seus membros continuam a residir no Brasil.
Conforme estudos realizados pelo falecido Sr.
Antônio de Castro, um pernambucano que morava no Rio de Janeiro, todos os
Fiúzas existentes no Brasil formam uma única família e descendem de um dos três
irmãos: Ricardo, Felipe e Jacinto. Esses irmãos eram de origem portuguesa, mas
nasceram na Holanda e mudaram-se para o Brasil com a frota de Maurício deNassau, em 1637, decidindo permanecer no país após a retirada dos invasores
holandeses em 1654.
Felipe se estabeleceu no Ceará, e todos os
Fiúzas cearenses, incluindo dona Madalena Fiúza Arrais, são seus descendentes.
Ricardo ficou em Recife, onde criou uma confecção de tecidos; seus
descendentes, em parte, seguiram na indústria têxtil. Alguns desses
descendentes migraram para o sudeste, em Rio de Janeiro e São Paulo, onde
adquiriram um pequeno engenho de açúcar.
Um quarto irmão, Daniel da Costa Fiúza, foi
para as ilhas caribenhas de Barbados, onde se tornou o maior produtor de açúcar
do mundo, dominando o mercado açucareiro global após vencer a concorrência dos
exportadores brasileiros.
Um filho de Jacinto, também chamado Jacinto,
mudou-se para Minas Gerais, fixando residência em Rica, embora suas atividades
não sejam conhecidas. Seu filho, Jacinto Fiúza de Almeida, foi o responsável
pela fundação do povoado de Pitangui, antes da criação da Vila, e iniciou o
contrabando em larga escala de diamantes dos rios Indaiá e Abaeté. O
historiador Augusto de Lima Júnior afirmou que a quantidade desses diamantes
enriqueceu as principais potências marítimas do mundo e possibilitou à
Inglaterra realizar sua Revolução Industrial, difundindo o industrialismo
globalmente, que por sua vez gerou a Civilização moderna. Portanto, a
civilização contemporânea seria, indiretamente, um resultado da riqueza
proveniente dos rios Indaiá e Abaeté.
Um parente de Jacinto Fiúza, Nicolau
Gonçalves Fiúza da Costa, foi o primeiro a descobrir diamantes em Morrinhos, na
Tijuca (hoje conhecida como Diamantina), em 1713, mas acabou sendo assassinado
por bandidos na área da atual Dores do Indaiá, possivelmente em 1722.
Os Fiúzas da região sul, que vivem no Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul, são em sua maioria descendentes dos Fiúzas
que habitam a região de Santos.
O progenitor dos quatro irmãos, conhecido
como “O Holandês”, era o judeu Ebenezer Fiúza da Costa, com raízes portuguesas.
Na verdade, ele pertencia à família Costa Fiúza e possivelmente era tio ou
irmão do renomado filósofo Uriel da Costa Fiúza, o mentor de Spinoza e pioneiro
dos ideais modernos de liberdade, igualdade, fraternidade, justiça social e
tolerância religiosa. Ebenezer Fiúza da Costa fugiu de Portugal devido à
Inquisição Católica, e seus antepassados já haviam escapado da Espanha.
Os Fiúzas que vieram da Espanha eram
originários da Itália, onde possuíam várias casas de penhor chamadas “Casas
Fiúzas”, que eram consideradas confiáveis (do latim fidúcia). Influenciados
pela fama do nome e das casas, que eram bastante reconhecidas, mudaram seu
antigo nome Sírio Lahabim para Fiúza, que era mais fácil de pronunciar e
lembrar.
Os Fiúzas de origem italiana tinham suas
raízes na ilha grega de Naxos, onde ainda assinavam como Lahabim e atuavam como
armadores de navios.
Esses Lahabim vieram de Jerusalém, após a
cidade ter sido capturada e queimada pelo príncipe romano Tito. Em Jerusalém,
eles eram conhecidos como Sírios e haviam se convertido ao Judaísmo. A origem
mais remota desse grupo é na Galileia, ao sul da Síria e ao norte da Palestina.
O clã dos Lahabim ainda existe atualmente, exercendo o comércio de camelos.
Este grupo foi visitado em 1987 pelo Dr. Antônio Fiúza de Castro, que, no
entanto, enfrentou dificuldades linguísticas e não conseguiu se comunicar
adequadamente com eles.
Ele realizou uma extensa pesquisa genealógica
sobre a família Fiúza em todo o Brasil, bem como nos Estados Unidos, Portugal,
Espanha, França, Inglaterra, Itália, Norte da África, Holanda, Alemanha,
Polônia, Ilhas Gregas, Palestina, Líbano e Síria.
Com a intenção de ampliar as pesquisas sobre a disseminação de progenitores com sobrenome Fiúza na região Nordeste do Brasil, seguem mais alguns dados relevantes:
Bahia: João Muniz Fiúza, nascido em aproximadamente em 1830 e se casou com Joana Alberta de Menezes, ela sendo filha de José Pereira de Oliveira Costa e Maria do Nascimento de Telles Meneses. Desse matrimônio tiveram 16 filhos.
Sergipe: Tereza de Jesus Fiúza, nascida aproximadamente em 1725 e se casou com Domingos Barbosa Moreira, ela sendo filho de Francisco José Barbosa Fruão e Ana Maria de Jesus Benevides. Desse matrimônio tiveram 01 filho.
Alagoas: Domingos de Brito Fiúza, nascido aproximadamente em 1690 e se casou com Maria Barbosa. Desse matrimônio tiveram 02 filhos.
Pernambuco: Leandra Maria da Conceição Fiúza, nascida aproximadamente em 1867 e se casou com Francisco de Paula Fiúza. Desse matrimônio tiveram 01 filho.
Paraíba: Augusto Joaquim Fiúza, nascido aproximadamente em 1879 e se casou com Anízia Bezerra Machado, ela sendo filha de José Ferreira Machado e Cândida Bezerra. Desse matrimônio tiveram 02 filhos.
Rio Grande do Norte: José Caminha Fiúza Lima, nascido em 1891 em Santa Cruz/RN e se casou com Maria Marieta de Souza Bezerra de Menezes, ela sendo filha de José Pedro Bezerra e Ana Leocádia de Souza. Desse matrimônio tiveram 03 filhos.
Ceará: Zulmira Fiúza, nascida em 1856 em Icó/CE e se casou com Álvaro Leal de Miranda, ele sendo filho de Antônio Henriques de Miranda e Francisca Leal. Desse matrimônio tiveram 01 filho.
Piauí: Raimundo Nonato Magalhães Fiúza, se casou com Helena de Amorim Fiúza.Desse matrimônio tiveram 02 filhos.
Texto de Eugênio Pacelly Alves
Referências bibliográficas:
A origem da família Fiúza. Disponível em: >(A origem da família Fiúza (Post de Assis Viana Silva - Facebook))<. Acesso em 19 de agosto de 2024.
Sobrenome Fiúza: origem e significado. Disponível em: >(https://pt.geneanet.org/nomes-de-familia/FIUZA)<. Acesso em 21 de agosto de 2024.
Origem do sobrenome judeu FIÚZA. Disponível em: >(https://blogadrifiuza.wordpress.com/2011/03/08/origem-sobrenome-fiuza/)<. Acesso em 22 de agosto de 2024.
Etelvina Angélica dos Santos. Disponível em: >(https://retratosdefamiliabh.blogspot.com/2012/12/etelvina-angelica-dos-santos-etelvina.html)<. Acesso em 22 de agosto de 2024.
Qual a história e origem do sobrenome Fiúza? Disponível em: >(https://nomessobrenomes.com/qual-a-historia-e-origem-do-sobrenome-e-familia-fiuza)<. Acesso em 24 de agosto de 2024.
O ouro das Gerais e a civilização das capitanias. Disponível em: >(O ouro das Gerais e a civilização das capitanias (João Dornas Filho))<. Acesso em 29 de agosto de 2024.
Domingos de Brito Fiúza. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GHBN-9YK)<. Acesso em 25 de agosto de 2024.
Maria José de Brito Fiúza. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/GHBN-L29)<. Acesso em 25 de agosto de 2024.
João Muniz Fiúza. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/L2L6-1W8)<. Acesso em 25 de agosto de 2024.
Tereza de Jesus Fiúza. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/L5KS-QJV)<. Acesso em 28 de agosto de 2024.
Leandra Maria da Conceição Fiúza. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/K873-VXV)<. Acesso em 28 de agosto de 2024.
Augusto Joaquim Fiúza. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/G23M-3KG)<. Acesso em 28 de agosto de 2024.
José Caminha Fiúza Lima. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/M242-Q47)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.
Zulmira Fiúza. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/G7JQ-837)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.
Raimundo Nonato Magalhães Fiúza. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/GG5L-19X)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.
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