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sexta-feira, 18 de julho de 2025

Alencar vs Sampaio: Guerra de clãs em Exú/PE

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A disputa entre os Alencar e os Sampaio se apresenta como a rivalidade entre essas duas linhagens se estendeu por grande parte do século XX. O confronto mais intenso ocorreu a partir do término da Era Vargas, atravessando o período democrático que se seguiu à Segunda Guerra Mundial, até a ditadura civil e militar que começou em 1964; atingindo também o início da Nova República, com a transição para um novo processo democrático.

Por um longo período, a região Nordeste esteve em evidência na mídia nacional devido ao intenso conflito entre as famílias Alencar e Sampaio, localizado no município de Exu, no interior de Pernambuco. O ponto de partida dessa disputa rural, que se estendeu por mais de trinta anos, foi um incidente fatal que ocorreu em 10 de abril de 1949, após um confronto armado que resultou na morte do coronel Romão Sampaio Filho e de Cincinato de Alencar Sete, um ex-prefeito da cidade.

A partir desse momento, um desejo profundo de vingança e uma onda de violência afetaram ambos os clãs. Foram registrados 48 homicídios, em sua maioria envolvendo pessoas inocentes, cometidos de maneiras diversas e brutais em Exu, Recife, São Luís, Rio de Janeiro e em outras localidades, além de tentativas de assassinato.

Essa tragédia do sertão é narrada em prosa e verso através de literatura de cordel, reportagens, documentários televisivos, trabalhos acadêmicos e músicas. O que se comunicava até então era que a sequência de mortes violentas era alimentada pela disputa cega pelo controle local. As armas em casa, assim como as conversas delicadas sobre política e desavenças, eram temas comuns em seu cotidiano. Quando o atentado ocorreu, em 1972, Zito Alencar residia em Sapé, na Paraíba. Ele se mudou para outro estado porque em Exu existia um plano para sua morte, devido sua presença na cena do crime de 1949. Para garantir sua sobrevivência e criar sua família, foi forçado a partir e até mesmo mudar seu nome no novo lugar que escolheu para viver.

Contudo, o acordo feito durou muito pouco. No início de 1973, o então prefeito de Exu, Raimundo Ayres de Alencar, foi morto com três disparos de revólver na praça central da cidade. A onda de violência não se restringiu a isso. Vinte e três anos depois de ter deixado a cidade, Zito Alencar retornou a Exu e foi eleito prefeito, mas não conseguiu completar seu mandato: foi assassinado em plena rua, em maio de 1978, com 52 anos, por balas traiçoeiras. O assassinato chocou Exu e teve repercussão mundial. A missa de corpo presente foi oficiada pelo padre João Câncio, que havia fundado a Missa do Vaqueiro com Luiz Gonzaga. Ele era um amigo da família.

O mais recente ato violento dessa guerra, segundo o relato de uma descendente da família Alencar, aconteceu em 1981. 

O conflito realmente cessou apenas quando o governo, finalmente, começou a atuar de maneira mais significativa no caso, a partir do início dos anos 1980. 

Alguns estudos buscam entender os conceitos que geralmente são aventados quando se fala das turbulências nordestinas, sobretudo sertanejas. O mais usual é o conceito de coronelismo. A partir das análises de José Murilo de Carvalho (1998), sobre o trabalho de Vítor Nunes Leal, entendemos que este conceito exige maior reflexão no que concerne às lutas entre famílias, pois:

(...) o coronelismo é um sistema político, uma complexa rede de relações que vai desde o coronel até o presidente da República, envolvendo compromissos recíprocos. O coronelismo, além disso, é datado historicamente. (CARVALHO, 1998, p.1)

Sendo o coronelismo um sistema que se manteve restrito e que esteve presente apenas durante a chamada República Velha, desde sua implementação até sua derrubada pela Revolução de 1930, não há como considerar a vingança privada como parte desse sistema político.

Além disso, conforme mencionado anteriormente, diversas famílias em disputa apresentavam diferenças significativas em termos de renda, propriedades e até mesmo em relevância regional. Não era uma regra que toda família extensa envolvida em conflitos contasse com membros que ocupassem posições nas forças armadas, no comércio de grande porte ou no serviço público (clientelismo).

Assim, a palavra coronel, utilizada para designar um poderoso local com controle absoluto sobre a vida da comunidade, nesse sentido estrito, é apenas uma construção conceitual criada para entender a violência privada no Nordeste, conforme argumentado por Ana Claudia Marques e Durval Muniz. Outro conceito frequentemente mencionado em reportagens quando pesquisamos sobre disputas familiares é o mandonismo, frequentemente representado nas expressões "senhores da terra" ou "mandões locais", geralmente pelos mesmos motivos que levam ao uso do termo coronelismo. Este conceito talvez se aproxime mais do tópico atualmente em análise, pois, como discutido anteriormente, muitas famílias e seus líderes reivindicavam o poder nas áreas que ajudaram a desenvolver através de seu pioneirismo e força econômica.

Porém, assim como destacamos sobre o coronelismo, é importante examinar caso a caso, pois existe uma grande diversidade nas histórias das famílias que, eventualmente, competiram pelo controle local.



Texto adaptado por Eugênio Pacelly Alves



Referências bibliográficas:

Exu: que guerra foi essa? Disponível em: >(https://zozimotavares.com/site/2023/10/08/exu-que-guerra-foi-essa/)<. Acesso em 22 de setembro de 2024.

Da lei do morrer ou matar: A tradição da vingança no sertão - Os Alencar contra os Sampaio. Disponível em: >(DA LEI DO MORRER OU MATAR: A TRADIÇÃO DA VINGANÇA NO SERTÃO – OS ALENCAR CONTRA OS SAMPAIO (1949-1981))<. Acesso em 24 de setembro de 2024.

MARQUES, Ana Claudia Duarte Rocha. Intrigas e questões: Vingança de família e tramas sociais no sertão de Pernambuco. Relume Dumará, UFRJ. Núcleo de Antropologia da Política. Rio de Janeiro, 2002.

MOREIRA, José Roberto de Alencar, ALENCAR, Raildson Jenner Negreiros de. Vida e Bravura – Origens e genealogia da família Alencar. Brasília: CERFA, 2005.

PARENTE, Claudia Maria Cardoso. Memórias de um ano da peste: uma reconstituição da epidemia que assolou Exu em 1935, 2020.

terça-feira, 1 de julho de 2025

Lenda do Solar Ferreiro Torto

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O palacete conhecido como Solar do Ferreiro Torto localiza-se na cidade de Macaíba, no estado do Rio Grande do Norte, na região Nordeste do Brasil. Sua edificação ocorreu no século XVII, e o lugar era conhecido como engenho do Potengi, devido à proximidade do rio com o mesmo nome. De acordo com registros históricos, foi o segundo engenho de açúcar a ser erguido no Rio Grande do Norte.

Em 1845, o Coronel Estêvão José Barbosa de Moura adquiriu de herança o engenho Ferreiro Torto de seu sogro, o Joaquim José do Rego Barros, que era um coronel das hostes. Dois anos depois, o coronel Estêvão Moura desfez a antiga edificação de taipa deixada pelo sogro e construiu o atual palacete, baseado em um projeto quadrado de sua criação, que resultou em um casarão confortável e elegante, projetado no estilo colonial português em dois andares. Toda matéria prima utilizada na obra veio da Europa, complementadas por móveis de estilo manuelino português. Em cada canto da residência, foram colocadas pinhas decorativas feitas de cerâmica portuguesa, com faixas horizontais que se destacam na superfície.

IsabelCândida de Moura Chaves, filha de Estêvão e Maria Rosa, casou-se com Francisco Clementino de Vasconcelos Chaves e recebeu o solar após a morte do pai. Foi nesse casarão que Isabel Cândida deu à luz o João Chaves. Em 1910, Suzana Teixeira de Moura herdou a propriedade Ferreiro Torto de seus tios, vendendo-a em 1914 ao comerciante Manuel Machado. A partir desse acontecimento, o solar passou a ser filiado à conhecida Viúva Machado, a dona Amélia Duarte Machado, que era viúva de Manuel Machado e possuía diversos imóveis em Natal.

Na década de 80, o solar foi restaurado para servir como sede do Governo Municipal, o que, infelizmente, alterou a estrutura original do edifício. Em 1994, o Ferreiro Torto foi tombado pela Fundação José Augusto, por abrigar importantes fragmentos da história de Macaíba.

O museu no Solar do Ferreiro Torto está localizado em Macaíba, a uma distância de 18 km de Natal. O nome Ferreiro Torto teve origem em um coqueiro muito alto e tortuoso que existia na entrada da fazenda, e quase debaixo dessa árvore, um ferreiro montou sua tenda e oferecia seus serviços aos tropeiros que passavam pela região e precisavam ajustar as ferraduras de seus animais.

De acordo com essa história, a filha do proprietário da plantação se enamora do escravo de seu pai e começa a se encontrar secretamente com ele. Durante um desses encontros, o pai, que é o dono do engenho, ao chegar na varanda da residência, avista a filha conversando com o escravo, fica extremamente furioso e dispara contra o jovem. Ao perceber a situação, a filha se coloca à frente do escravo, e o tiro a atinge, causando sua morte. O pai, tomado por um intenso ressentimento, ordena que o escravo seja enterrado vivo, de cabeça para baixo, na frente de sua casa. 

Caminhar à noite pelo Museu Solar Ferreiro Torto não é uma opção aconselhada. Moradores mais velhos da antiga Vila Coité declaram que, ao anoitecer, eventos estranhos acontecem por ali, especialmente na área do manguezal. Muitos residentes contam, com certeza, que já testemunharam diversas vezes uma luz que surgia e se movia entre a vegetação, justamente, atrás das ruínas da antiga Casa de Purgar do Engenho Potengi, erguida pelo Capitão Francisco Rodrigues Coelho. Ninguém consegue explicar com clareza a origem dessa luz. Alguns acreditam que ela possa ser de um lampião usado pelo espírito de um escravo que procura a botija enterrada pelo Coronel Estevão José Barbosa de Moura (o Senhor do Engenho). 

O Museu Solar Ferreiro Torto é repleto de histórias assombrosas. Muitos visitantes, principalmente os oriundos do município local, relatam ouvir gritos de dor e choros de desespero, além de barulhos de correntes arrastando-se pelo lugar, frequentemente provenientes da antiga Casa Grande e das proximidades das ruínas da Senzala. Dizem que se trata de espíritos de escravos que, insatisfeitos com os rigorosos castigos que recebiam do senhor do engenho, retornam para lamentar e aterrorizar, especialmente as pessoas de pele clara. 

 


Texto de Eugênio Pacelly Alves



Referências bibliográficas:

Solar Ferreiro Torto. Disponível em: >(https://patrimonioimateria.wixsite.com/patrimonioimaterial/solar-ferreiro-torto)<. Acesso em 19 de agosto de 2024.

Solar Ferreiro Torto é reconhecido como patrimônio histórico e cultural do RNDisponível em: >(https://macaiba.rn.gov.br/solar-ferreiro-torto-e-reconhecido-como-patrimonio-historico-e-cultural-do-rn/)<. Acesso em 21 de agosto de 2024.

Fazenda Solar Ferreiro TortoDisponível em: >(https://fazendasantigas.com/fazenda/detalhes/solar-ferreiro-torto-macaiba-rn)<. Acesso em 22 de agosto de 2024.

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Origem do sobrenome Fiúza e algumas genealogias na região Nordeste do Brasil

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A família Fiuzas é uma linhagem de origem europeia que se estabeleceu no Brasil durante o século XVIII. Em 1732, um de seus integrantes, Francisco Fiuzas, partiu para o Brasil, onde fundou uma propriedade rural na cidade de São Paulo. Esse empreendimento prosperou, e a família Fiuzas se tornou uma das mais ricas e influentes do estado. Até hoje, seus membros continuam a residir no Brasil.

Conforme estudos realizados pelo falecido Sr. Antônio de Castro, um pernambucano que morava no Rio de Janeiro, todos os Fiúzas existentes no Brasil formam uma única família e descendem de um dos três irmãos: Ricardo, Felipe e Jacinto. Esses irmãos eram de origem portuguesa, mas nasceram na Holanda e mudaram-se para o Brasil com a frota de Maurício deNassau, em 1637, decidindo permanecer no país após a retirada dos invasores holandeses em 1654.

Felipe se estabeleceu no Ceará, e todos os Fiúzas cearenses, incluindo dona Madalena Fiúza Arrais, são seus descendentes. Ricardo ficou em Recife, onde criou uma confecção de tecidos; seus descendentes, em parte, seguiram na indústria têxtil. Alguns desses descendentes migraram para o sudeste, em Rio de Janeiro e São Paulo, onde adquiriram um pequeno engenho de açúcar.

Um quarto irmão, Daniel da Costa Fiúza, foi para as ilhas caribenhas de Barbados, onde se tornou o maior produtor de açúcar do mundo, dominando o mercado açucareiro global após vencer a concorrência dos exportadores brasileiros.

Um filho de Jacinto, também chamado Jacinto, mudou-se para Minas Gerais, fixando residência em Rica, embora suas atividades não sejam conhecidas. Seu filho, Jacinto Fiúza de Almeida, foi o responsável pela fundação do povoado de Pitangui, antes da criação da Vila, e iniciou o contrabando em larga escala de diamantes dos rios Indaiá e Abaeté. O historiador Augusto de Lima Júnior afirmou que a quantidade desses diamantes enriqueceu as principais potências marítimas do mundo e possibilitou à Inglaterra realizar sua Revolução Industrial, difundindo o industrialismo globalmente, que por sua vez gerou a Civilização moderna. Portanto, a civilização contemporânea seria, indiretamente, um resultado da riqueza proveniente dos rios Indaiá e Abaeté.

Um parente de Jacinto Fiúza, Nicolau Gonçalves Fiúza da Costa, foi o primeiro a descobrir diamantes em Morrinhos, na Tijuca (hoje conhecida como Diamantina), em 1713, mas acabou sendo assassinado por bandidos na área da atual Dores do Indaiá, possivelmente em 1722.

Os Fiúzas da região sul, que vivem no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, são em sua maioria descendentes dos Fiúzas que habitam a região de Santos.

O progenitor dos quatro irmãos, conhecido como “O Holandês”, era o judeu Ebenezer Fiúza da Costa, com raízes portuguesas. Na verdade, ele pertencia à família Costa Fiúza e possivelmente era tio ou irmão do renomado filósofo Uriel da Costa Fiúza, o mentor de Spinoza e pioneiro dos ideais modernos de liberdade, igualdade, fraternidade, justiça social e tolerância religiosa. Ebenezer Fiúza da Costa fugiu de Portugal devido à Inquisição Católica, e seus antepassados já haviam escapado da Espanha.

Os Fiúzas que vieram da Espanha eram originários da Itália, onde possuíam várias casas de penhor chamadas “Casas Fiúzas”, que eram consideradas confiáveis (do latim fidúcia). Influenciados pela fama do nome e das casas, que eram bastante reconhecidas, mudaram seu antigo nome Sírio Lahabim para Fiúza, que era mais fácil de pronunciar e lembrar.

Os Fiúzas de origem italiana tinham suas raízes na ilha grega de Naxos, onde ainda assinavam como Lahabim e atuavam como armadores de navios.

Esses Lahabim vieram de Jerusalém, após a cidade ter sido capturada e queimada pelo príncipe romano Tito. Em Jerusalém, eles eram conhecidos como Sírios e haviam se convertido ao Judaísmo. A origem mais remota desse grupo é na Galileia, ao sul da Síria e ao norte da Palestina. O clã dos Lahabim ainda existe atualmente, exercendo o comércio de camelos. Este grupo foi visitado em 1987 pelo Dr. Antônio Fiúza de Castro, que, no entanto, enfrentou dificuldades linguísticas e não conseguiu se comunicar adequadamente com eles.

Ele realizou uma extensa pesquisa genealógica sobre a família Fiúza em todo o Brasil, bem como nos Estados Unidos, Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Norte da África, Holanda, Alemanha, Polônia, Ilhas Gregas, Palestina, Líbano e Síria.


Com a intenção de ampliar as pesquisas sobre a disseminação de progenitores com sobrenome Fiúza na região Nordeste do Brasil, seguem mais alguns dados relevantes:

Bahia: João Muniz Fiúza, nascido em aproximadamente em 1830 e se casou com Joana Alberta de Menezes, ela sendo filha de José Pereira de Oliveira Costa e Maria do Nascimento de Telles Meneses. Desse matrimônio tiveram 16 filhos.

Sergipe: Tereza de Jesus Fiúza, nascida aproximadamente em 1725 e se casou com Domingos Barbosa Moreira, ela sendo filho de Francisco José Barbosa Fruão e Ana Maria de Jesus Benevides. Desse matrimônio tiveram 01 filho.

Alagoas: Domingos de Brito Fiúza, nascido aproximadamente em 1690 e se casou com Maria Barbosa. Desse matrimônio tiveram 02 filhos.

Pernambuco: Leandra Maria da Conceição Fiúza, nascida aproximadamente em 1867 e se casou com Francisco de Paula Fiúza. Desse matrimônio tiveram 01 filho.

Paraíba: Augusto Joaquim Fiúzanascido aproximadamente em 1879 e se casou com Anízia Bezerra Machado, ela sendo filha de José Ferreira Machado e Cândida Bezerra. Desse matrimônio tiveram 02 filhos.

Rio Grande do Norte: José Caminha Fiúza Lima, nascido em 1891 em Santa Cruz/RN e  se casou com Maria Marieta de Souza Bezerra de Menezes, ela sendo filha de José Pedro Bezerra e Ana Leocádia de Souza. Desse matrimônio tiveram 03 filhos.

Ceará: Zulmira Fiúza, nascida em 1856 em Icó/CE e se casou com Álvaro Leal de Miranda, ele sendo filho de Antônio Henriques de Miranda e Francisca Leal. Desse matrimônio tiveram 01 filho.

Piauí: Raimundo Nonato Magalhães Fiúza, se casou com Helena de Amorim Fiúza.Desse matrimônio tiveram 02 filhos.



Texto de Eugênio Pacelly Alves



Referências bibliográficas:

A origem da família Fiúza. Disponível em: >(A origem da família Fiúza (Post de Assis Viana Silva - Facebook))<. Acesso em 19 de agosto de 2024.

Sobrenome Fiúza: origem e significadoDisponível em: >(https://pt.geneanet.org/nomes-de-familia/FIUZA)<. Acesso em 21 de agosto de 2024.

Origem do sobrenome judeu FIÚZADisponível em: >(https://blogadrifiuza.wordpress.com/2011/03/08/origem-sobrenome-fiuza/)<. Acesso em 22 de agosto de 2024.

Etelvina Angélica dos SantosDisponível em: >(https://retratosdefamiliabh.blogspot.com/2012/12/etelvina-angelica-dos-santos-etelvina.html)<. Acesso em 22 de agosto de 2024.

Qual a história e origem do sobrenome Fiúza? Disponível em: >(https://nomessobrenomes.com/qual-a-historia-e-origem-do-sobrenome-e-familia-fiuza)<. Acesso em 24 de agosto de 2024.

O ouro das Gerais e a civilização das capitaniasDisponível em: >(O ouro das Gerais e a civilização das capitanias (João Dornas Filho))<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Domingos de Brito FiúzaDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GHBN-9YK)<. Acesso em 25 de agosto de 2024.

Maria José de Brito FiúzaDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/GHBN-L29)<. Acesso em 25 de agosto de 2024.

João Muniz FiúzaDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/L2L6-1W8)<. Acesso em 25 de agosto de 2024.

Tereza de Jesus FiúzaDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/L5KS-QJV)<. Acesso em 28 de agosto de 2024.

Leandra Maria da Conceição FiúzaDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/K873-VXV)<. Acesso em 28 de agosto de 2024.

Augusto Joaquim Fiúza. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/G23M-3KG)<. Acesso em 28 de agosto de 2024.

José Caminha Fiúza LimaDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/M242-Q47)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Zulmira FiúzaDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/G7JQ-837)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Raimundo Nonato Magalhães FiúzaDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/GG5L-19X)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Origem do sobrenome Rios e algumas genealogias na região Nordeste do Brasil

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De acordo com o FamilySearch, alguns antepassados da família Rios chegaram ao Brasil através da imigração, incluindo uma família italiana que desembarcou em 1883 no navio Melpomene, vindo da Itália. Estudos sobre os primeiros ramos da família Rios que chegaram ao Brasil ainda estão em andamento. Diversos artigos indicam que essa chegada ocorreu no século XVI, enquanto outros estendem a informação até o século XVIII.

Na Bahia durante o século XVII, um professor de um colégio jesuíta solicitou o sobrenome de um de seus estudantes. A resposta foi surpreendente: "Qual deles, o de dentro ou o de fora?" Essa narrativa, relatada pela historiadora da USP Anita Novinsky em sua dissertação "O mito dos sobrenomes marranos", ilustra o dilema enfrentado pelos cristãos-novos no Brasil nos primeiros séculos do país. Revelar ou não o sobrenome da família fora de casa, com o risco de ser reconhecido pela Inquisição e acusado do crime irrepreensível de "judaísmo"? O temor e a ansiedade em relação a esse assunto geraram uma combinação de lendas e desinformação sobre a herança dos descendentes de judeus portugueses no Brasil ao longo dos séculos. Entretanto, estudos recentes têm trazido à luz novas informações sobre os sobrenomes de origem marrana no Brasil. 

Não se pode afirmar que esses judeus que se converteram abandonaram seus sobrenomes "infiéis" para adotar novos que foram apenas inspirados em nomes de plantas, árvores, frutas, animais e paisagens. Se essa fosse a verdade, seria simples. Todos os portugueses com sobrenomes como Pinheiro, Carvalho, Pereira, Raposo, Serra, Monte ou Rios, entre outros, que chegaram ao Brasil após 1500, deveriam ser considerados marranos.


Filhos do português Sargento-mor Manuel Martins do Rio

Sargento-mor Manuel Martins do Rio, nascido em 1707 em Viana do Castelo, Portugal. É filho dos portugueses Domingos Martins e Jerônima Rodrigues Afonso. Casou-se com a baiana Joana Pereira de Barros, ela sendo filha do português Antônio Gonçalves Barros e da brasileira Joana Pereira Platem. Desse matrimônio tiveram 02 filhos. São eles:

1. Manuel Martins Rios, nascido aproximadamente em 1763 e se casou com Helena Francisca Pereira Lima. Desse matrimônio tiveram 05 filhos. São eles:

1.1. Ana Constança de Lima, nascida aproximadamente em 1795.

1.2. Helena Teodora de Lima Rios, nascida aproximadamente em 1796, se casou e desse matrimônio teve 02 filhos que herdaram os sobrenomes: Oliveira Lima e Lima Rios.

1.3. Maria Vitória de Lima, nascida aproximadamente em 1798, se casou e desse matrimônio teve 01 filho que herdou o sobrenome: Salazar.

1.4. Ignacia Rios, nascida aproximadamente em 1801.

1.5. Manoel do Nascimento Lima


2. João Martins Rios, nascido aproximadamente em 1766 e se casou com Ana Francisca de Jesus, ela sendo filha de Inácio Manoel Carneiro e Benta Maria de Jesus da Silva. Desse matrimônio tiveram 11 filhos. São eles:

2.1. Ana Escolástica de Jesus, nascida aproximadamente em 1791, se casou e desse matrimônio teve 07 filhos que herdaram os sobrenomes: Oliveira e Oliveira Maia.

2.2. Antônio Martins Rios, nascido em 1793 em Riachão do Jacuípe/BA, se casou 02 vezes e desses matrimônios teve 12 filhos que herdaram os sobrenomes: Martins Rios, Oliveira Rios, Rios, Santos Rios, Galdino Rios, Carneiro Rios e Silvestre Rios.

2.3. Maria Joaquina Rios, nascida aproximadamente em 1794, se casou.

2.4. João Martins Rios Júnior, nascido aproximadamente em 1798, se casou e desse matrimônio teve 08 filhos que herdaram os sobrenomes: Policarpo Rios, Souza Rios, Fagundes Rios e Rios.

2.5. Manoel Martins Rios, nascido aproximadamente em 1799, se casou e desse matrimônio teve 09 filhos que herdaram os sobrenomes: Oliveira Rios, Rios e Martins Rios.

2.6. Joaquim Martins Rios, nascido aproximadamente em 1799, se casou e desse matrimônio teve 17 filhos que herdaram os sobrenomes: Oliveira, Martins Rios, Rios, Oliveira Rios e Souza Rios.

2.7. Vicente Martins Rios, nascido aproximadamente em 1802, se casou e desse matrimônio teve 14 filhos que herdaram os sobrenomes: Rios, Leão Rios, França Rios e Figueiredo Rios.

2.8. Joanna Maria de Jesus Rios, nascida aproximadamente em 1804, se casou e desse matrimônio teve 04 filhos que herdaram os sobrenomes: Rios e Souza Rios.

2.9. Francisco Martins Rios, nascido aproximadamente em 1806, se casou e desse matrimônio teve 05 filhos que herdaram os sobrenomes: Oliveira Rios e Rios.

2.10. João Martins Rios, nascido aproximadamente em 1817, se casou.

2.11. José Bento Rios, nascido aproximadamente em 1818, se casou.


Com a intenção de ampliar as pesquisas sobre a disseminação de progenitores com sobrenome Rios na região Nordeste do Brasil, seguem mais alguns dados relevantes:

Bahia: José Albano de Souza Rios, nascido em 1847 em Monte Alegre/BA e se casou com Ana Amélia de Souza Rios, ela sendo filha de Joaquim Inácio de Souza e Ana Rita da Encarnação. Desse matrimônio tiveram 06 filhos.

Sergipe: Firmino José de Rios, nascido aproximadamente em 1883 e se casou com Josepha Alves de Jesus, ela sendo filha de João José de Andrade e Maria Lorença de Jesus.

Alagoas: Manoel Antônio Rios, nascido aproximadamente em 1845 e se casou com Carolina Paulina Albuquerque. Desse matrimônio tiveram 03 filhos.

Pernambuco: José Martins do Rio, nascido em 1845 e se casou com Maria Magdalena Schoffler Rio.

Paraíba: Joaquim Carneiro da Costa Riosnascido aproximadamente em 1835 e se casou com Josefa Cordeiro da Costa Rios. Desse matrimônio tiveram 02 filhos.

Rio Grande do Norte: Antônio Martins do Rio, se casou com Firmina Theodora de França. Desse matrimônio tiveram 03 filhos.

Ceará: Maria Isabel da Conceição Rios, nascida aproximadamente em 1866 e se casou com Miguel Archanjo da Rocha, ele sendo filho de Manoel Joaquim da Rocha e Rita Emiliana de Vasconcelos. Desse matrimônio tiveram 13 filhos.

Piauí: Edelmira Rios, nascida aproximadamente em 1887 e se casou com Carlos Sisto Del Villar, ele sendo filho de José Del Villar e Amália Corcoles. Desse matrimônio tiveram 01 filho.

Maranhão: Francisco de Carvalho Rios, nascido aproximadamente em 1866 e se casou com Maria Emília Palhares.



Texto de Eugênio Pacelly Alves



Referências bibliográficas:

Rio, RiosDisponível em: >(https://sobrenomes.genera.com.br/sobrenomes/rio-rios/)<. Acesso em 19 de agosto de 2024.

Rios: família heráldica - brasão RiosDisponível em: >(Rios família heráldica-genealogia brasão Rios (Heraldrys Institute of Rome))<. Acesso em 21 de agosto de 2024.

O mito sobre a origem de sobrenomes de judeus convertidosDisponível em: >(https://oglobo.globo.com/politica/o-mito-sobre-origem-de-sobrenomes-de-judeus-convertidos-5227424)<. Acesso em 22 de agosto de 2024.

História da família RiuDisponível em: >(História da família Riu (FamilySearch))<. Acesso em 22 de agosto de 2024.

Anita Novinsky foi referência na pesquisa da história judaica no Brasil. Disponível em: >(Anita Novinsky foi referência na pesquisa da história judaica no Brasil (Confederação Israelita do Brasil))<. Acesso em 24 de agosto de 2024.

Sargento-mor Manuel Martins do RioDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GD7Z-TJQ)<. Acesso em 25 de agosto de 2024.

Joana Pereira de BarrosDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G8BF-LJR)<. Acesso em 25 de agosto de 2024.

Manuel Martins RiosDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G8BL-89F)<. Acesso em 25 de agosto de 2024.

João Martins dos RiosDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GDQY-22R)<. Acesso em 28 de agosto de 2024.

José Albano de Souza RiosDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GDQK-Y6K)<. Acesso em 28 de agosto de 2024.

Ana Amélia de Souza RiosDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G524-X1L)<. Acesso em 28 de agosto de 2024.

Firmino José de RiosDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/K4RB-FX7)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Josepha Alves de JesusDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/KCC4-62Z)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Manoel Antônio RiosDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/KCCR-PL3)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Carolina Paulina AlbuquerqueDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/K4KH-1NS)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Maria Magdalena Schoffler RioDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GVQ3-52L)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

José Martins do RioDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GVQ3-YDM)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Joaquim Carneiro da Costa RiosDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/9JNX-78Z)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Josefa Cordeiro da Costa RiosDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/9JNX-78J)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Antônio Martins do RioDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/PSK9-T7C)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Firmina Theodora de FrançaDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/PSK9-F2D)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Maria Isabel da Conceição RiosDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/LTL5-JPH)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Miguel Archanjo da RochaDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/LTL5-VCY)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Edelmira RiosDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/K85Z-JJ3)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Carlos Sisto Del VillarDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/KZRS-WRQ)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Francisco de Carvalho RiosDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GRR7-MG5)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

Maria Emília PalharesDisponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GRRQ-H9T)<. Acesso em 29 de agosto de 2024.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Origem do sobrenome Oliveira e algumas genealogias na região Nordeste do Brasil

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Entre as famílias mais antigas, encontramos a do nobre Antônio de Oliveira, que chegou à capitania de São Vicente junto a Martim Afonso de Souza em 1532. Ele ocupou o cargo de capitão-mor de São Vicente em 1538 e 1549.

Durante os séculos XVI e XVII, o Rio de Janeiro abrigava cerca de 50 famílias com esse sobrenome, que, embora de raízes nobres, assim como o Silva, se tornou comum no Brasil colonial.

O sobrenome Oliveira também foi utilizado entre judeus, tanto convertidos quanto aqueles que não se converteram. O rabino Abraham Benveniste, que viveu na localidade espanhola de Oliva no século 15, é considerado o fundador da linhagem judaica dos Oliveira. Antes mesmo da expulsão dos judeus da Espanha, em 1492, eram conhecidos como “Olivares”, originários de Oliva. Com o tempo, a família se dispersou pela Europa e pela América.

Em uma lista de judeus pertencentes à congregação Tzur Israel, em Recife, durante o período do Brasil Holandês no século 17, aparece um Moisés de Oliveira (“Moseh Doliveyra”). Também fazia parte da comunidade Martinho da Cunha de Oliveira Pessoa, que é ancestral do escritor português Fernando Pessoa (1888-1935). Ele foi preso em Portugal em 1713 e, após ser libertado, mudou-se para Minas Gerais como um “cristão-novo”, onde acumulou riqueza e participou de uma sociedade judaica secreta, permanecendo no Brasil por 25 anos. Ao voltar para a Europa, foi novamente preso e executado na fogueira em 1747.

Dentre algumas figuras notáveis com este sobrenome, destacam-se o escritor e diplomata Manoel de Oliveira Lima (1867-1928), as atrizes Caroline Paola Oliveira da Silva e Luma de Oliveira, além da cantora Dalva de Oliveira (1917-72).

 

Filhos do Capitão Manoel da Cruz de Oliveira

Oferecemos este breve ensaio genealógico sobre parte da genealogia da prole Oliveira, tendo como ponto de partida o baiano Capitão Manoel da Cruz de Oliveira, nascido aproximadamente em 1682 e se casou com a paraibana Maria Manoella da Silva Corrêa, ela sendo filha de Pedro da Silva Corrêa e Manoella de Castro Rocha. Desse matrimônio tiveram 12 filhos. São eles:

1. Ana Quitéria de Oliveira, nascida aproximadamente em 1741 e se casou com Gaspar Accioli de Vasconcelos, ele sendo filho de João Baptista de Accioly de Moura e Brites de Almeida. 

2. Thereza de Jesus Maria, nascida aproximadamente em 1742 e se casou com Eugênio da Costa Lima

3. Francisco da Cruz de Oliveira, nascido aproximadamente em 1750.

4. Cosme, nascido em 1751 em Pombal/PB.

5. Damiana de Oliveira, nascida aproximadamente em 1751 e se casou com Nicolau de Oliveira Lêdo, ele sendo filho do Capitão-mor Theodósio de Oliveira Lêdo e Cosma Tavares Leitão. Desse matrimônio tiveram 01 filha. 

6. Maria, nascida em 1753 em Pombal/PB.

7. Alferes José da Cruz de Oliveira, nascido em 1755 em Pombal/PB.

8. Rita

9. Bento da Cruz de Oliveira, nascido aproximadamente em 1757.

10. Dominicano da Cruz de Oliveira, nascido aproximadamente em 1758.

11. Tenente Manoel da Cruz de Oliveira, nascido aproximadamente em 1759.

12. João


Com a intenção de ampliar as pesquisas sobre a disseminação de progenitores com sobrenome Oliveira na região Nordeste do Brasil, seguem mais alguns dados relevantes:

Bahia: Eulina David dos Santos Oliveira, nascida em 1895 e se casou com Cândido Bispo de Oliveira, ele sendo filho de João Quirino de Oliveira e Maria Thomazio de Jesus. Desse matrimônio tiveram 10 filhos.

Sergipe: Zulmira Oliveira, nascida em 1906 e se casou com Severino Calazans Bezerra.

Alagoas: Maria Thereza de Oliveira, nascida em 1846 e se casou com Manoel Maurício dos Passos, ele sendo filho de João José dos Passos e Maria Joaquina do Espírito Santo. Desse matrimônio tiveram 07 filhos.

Pernambuco: Maria Liberalina Oliveira, nascida em 1830 e se casou com Luiz Antônio Oliveira. Desse matrimônio tiveram 06 filhos.

Paraíba: Rosa Maria de Oliveira, nascida em 1888 e se casou com Ananias Emídio de Sousa, ele sendo filho de Emídio José de Sousa e Maria Sabina Torres. Desse matrimônio tiveram 06 filhos.

Rio Grande do Norte: Alexandrina Cândida de Oliveira, nascida em 1885 e se casou com Francisco Jales da Silva, ele sendo filho de Antônio Jales da Silva e Arcanja Maria da Conceição. Desse matrimônio tiveram 04 filhos.

Ceará: Ignácio Oliveira, nascido em 1821 em Sobral/CE. Filho de Manoel Marthins de Olivera e Bertholeza Ferreira Oliveira.

Piauí: Américo Carneiro da Silva Oliveira, nascido aproximadamente em 1825 e se casou com Felizometa da Corte Celeste de Abreu Lessa, ela sendo filha do Coronel Domingos Vitor de Abreu e Vasconcelos e Maria Francisca de Paula Lessa. Desse matrimônio tiveram 18 filhos.

Maranhão: Rita Antônia de Araújo Oliveira, nascida em 1791 em Alcântara/MA e se casou com Atanásio Rodrigues de Oliveira, ele sendo filho de Manuel Antônio Rodrigues de Oliveira. Desse matrimônio tiveram 05 filhos.



Texto de Eugênio Pacelly Alves

 


Referências bibliográficas:

Oliveira. Disponível em: >(https://sobrenomes.genera.com.br/sobrenomes/oliveira/)<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

Capitão-mor Antônio de Oliveira. Disponível em: >(https://www.geni.com/people/Antonio-de-Oliveira/362185102630013960)<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

Martim Afonso de Sousa. Disponível em: >(https://www.ebiografia.com/martim_afonso_de_sousa/)<. Acesso em 25 de janeiro de 2025.

Don Abraham Benveniste. Disponível em: >(https://www.judaismo-iberico.org/figuras/abbenv.htm)<. Acesso em 26 de janeiro de 2025.

Tsur Yisrael. Disponível em: >(https://tsuryisrael.com.br/quemsomos)<. Acesso em 26 de janeiro de 2025.

Livro reúne estudos que narram a história da Inquisição nas Minas Gerais do século 18. Disponível em: >(https://www.uai.com.br/app/noticia/pensar/2013/11/16/noticias-pensar,148569/cacadores-de-hereges.shtml)<. Acesso em 27 de janeiro de 2025.

Oliveira Lima. Disponível em: >(https://www.academia.org.br/academicos/oliveira-lima/biografia)<. Acesso em 27 de janeiro de 2025.

Capitão Manoel da Cruz de Oliveira. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/9VTB-F56)<. Acesso em 27 de janeiro de 2025.

Maria Manoella da Silva Corrêa. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/9VTB-DPG)<. Acesso em 27 de janeiro de 2025.

Ana Quitéria de Oliveira. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GH6R-RG9)<. Acesso em 02 de fevereiro de 2025.

Thereza de Jesus Maria. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G9C2-J1S)<. Acesso em 11 de fevereiro de 2025.

Francisco da Cruz de Oliveira. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G9C2-H3X)<. Acesso em 02 de fevereiro de 2025.

Damiana de Oliveira. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G9CL-4BC)<. Acesso em 11 de fevereiro de 2025.

Alferes José da Cruz de Oliveira. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G9C2-2ST)<. Acesso em 14 de fevereiro de 2025.

Bento da Cruz de Oliveira. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GZYW-R7P)<. Acesso em 14 de fevereiro de 2025.

Dominicano da Cruz de Oliveira. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GZYW-5K1)<. Acesso em 14 de fevereiro de 2025.

Tenente Manoel da Cruz de Oliveira. Disponível em: >(https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/GZYW-NJ2)<. Acesso em 14 de fevereiro de 2025.